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27/07/2000
-
19h44
ANDRÉ SOLIANI
da Folha de S.Paulo
O secretário-geral do Itamaraty, Luiz Felipe Seixas Corrêa, chamou o embaixador argentino, José Uranga, para um conversa. O motivo: reclamar da recente decisão do parceiro de impor barreiras à importação do frango brasileiro e alertar os argentinos sobre a necessidade de flexibilizar o regime de importação de açúcar.
Na conversa, segundo nota divulgada hoje pelo Itamaraty, "o secretário-geral ressaltou a inconformidade das autoridades brasileiras com a medida sobre frangos". A Argentina, após uma investigação por prática desleal de comércio, decidiu impor preços mínimos para a entrada de frango brasileiro no seu mercado.
Seixas Corrêa disse a Uranga que a decisão argentina não está de acordo com "o espírito de relançamento do Mercosul". Segundo ele, na última reunião triministerial Brasil-Argentina ficou acertada a constituição de um grupo de alto nível na área de defesa comercial e o fim progressivo das medidas dessa natureza entre os países do Mercosul.
Além de considerar a decisão do parceiro contrária ao espírito de cordialidade que se instaurou entre os sócios este ano, o secretário-geral afirmou que o processo para a imposição da barreira tem "inconsistências técnicas". Ademais criticou a forma como as autoridades brasileiras foram comunicadas do fato.
Com relação ao açúcar, Seixas Corrêa disse que, se a Argentina decidir prorrogar o atual sistema de proteção do seu mercado, será "um sério golpe para o Mercosul no setor agrícola".
Segundo ele, o Brasil "acompanha certos movimentos na Argentina diante da perspectiva do fim da vigência do Decreto 797/92 (que protege o mercado argentino da importação de açúcar)".
O dólar comercial, utilizado em pagamentos internacionais, continua recuando hoje pelo sexto dia consecutivo. Pouco antes das 16h, a moeda norte-americana estava em baixa de 0,44%, cotado a R$ 1,778 para a compra e a R$ 1,780 para a venda.
Durante as negociações de hoje, o dólar oscilou entre a mínima de R$ 1,784 e a máxima de R$ 1,778.
Ontem, o dólar comercial caiu outros 0,16% com a entrada de novos recursos e ao atraso no pagamento de uma dívida de US$ 900 milhões da Portugal Telecom. A moeda norte-americana fechou a R$ 1,786 para compra e a R$ 1,788 para venda -menor cotação desde o final de abril.
No paralelo, o dólar continua estável hoje nas casas de câmbio de São Paulo. Na capital paulista, o paralelo foi comprado hoje a R$ 1,915 e vendido a R$ 1,93. No Rio, o paralelo foi comprado a R$ 1,86 e vendido a R$ 1,93.
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Brasil protesta contra barreiras argentinas a frango
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O secretário-geral do Itamaraty, Luiz Felipe Seixas Corrêa, chamou o embaixador argentino, José Uranga, para um conversa. O motivo: reclamar da recente decisão do parceiro de impor barreiras à importação do frango brasileiro e alertar os argentinos sobre a necessidade de flexibilizar o regime de importação de açúcar.
Na conversa, segundo nota divulgada hoje pelo Itamaraty, "o secretário-geral ressaltou a inconformidade das autoridades brasileiras com a medida sobre frangos". A Argentina, após uma investigação por prática desleal de comércio, decidiu impor preços mínimos para a entrada de frango brasileiro no seu mercado.
Seixas Corrêa disse a Uranga que a decisão argentina não está de acordo com "o espírito de relançamento do Mercosul". Segundo ele, na última reunião triministerial Brasil-Argentina ficou acertada a constituição de um grupo de alto nível na área de defesa comercial e o fim progressivo das medidas dessa natureza entre os países do Mercosul.
Além de considerar a decisão do parceiro contrária ao espírito de cordialidade que se instaurou entre os sócios este ano, o secretário-geral afirmou que o processo para a imposição da barreira tem "inconsistências técnicas". Ademais criticou a forma como as autoridades brasileiras foram comunicadas do fato.
Com relação ao açúcar, Seixas Corrêa disse que, se a Argentina decidir prorrogar o atual sistema de proteção do seu mercado, será "um sério golpe para o Mercosul no setor agrícola".
Segundo ele, o Brasil "acompanha certos movimentos na Argentina diante da perspectiva do fim da vigência do Decreto 797/92 (que protege o mercado argentino da importação de açúcar)".
O dólar comercial, utilizado em pagamentos internacionais, continua recuando hoje pelo sexto dia consecutivo. Pouco antes das 16h, a moeda norte-americana estava em baixa de 0,44%, cotado a R$ 1,778 para a compra e a R$ 1,780 para a venda.
Durante as negociações de hoje, o dólar oscilou entre a mínima de R$ 1,784 e a máxima de R$ 1,778.
Ontem, o dólar comercial caiu outros 0,16% com a entrada de novos recursos e ao atraso no pagamento de uma dívida de US$ 900 milhões da Portugal Telecom. A moeda norte-americana fechou a R$ 1,786 para compra e a R$ 1,788 para venda -menor cotação desde o final de abril.
No paralelo, o dólar continua estável hoje nas casas de câmbio de São Paulo. Na capital paulista, o paralelo foi comprado hoje a R$ 1,915 e vendido a R$ 1,93. No Rio, o paralelo foi comprado a R$ 1,86 e vendido a R$ 1,93.
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