Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/05/2001 - 10h27

Apenas 1 em 7 hospitais de SP tem gerador de energia

Publicidade

CLAUDIA ROLLI e FÁTIMA FERNANDES
da Folha de S.Paulo

A maioria dos 740 hospitais no Estado de São Paulo não tem geradores próprios para funcionar em esquema de emergência, se tiverem de enfrentar falta de luz.

Levantamento do Sindhosp, sindicato que reúne os hospitais paulistas, mostra que aproximadamente somente 14% deles têm geradores próprios.

Dante Ancona Montagnana, presidente do sindicato, informa que a situação no interior do Estado é ainda pior. ''São raros os hospitais que dispõem de geradores.''

Na Grande São Paulo, segundo as empresas distribuidoras, o problema será mais graves nos prontos-socorros e hospitais da periferia -muitos não têm geradores.

Outro agravante é a situação dos equipamentos disponíveis. As distribuidoras de energia informam que a falta de uso frequente pode ter danificado parte dessas máquinas.

Para tratar do assunto, diretores do sindicato vão procurar representantes da Eletropaulo no início da semana que vem para ver o que é possível ser feito. ''Queremos orientações para levar aos hospitais e saber quais são as alternativas para escapar dos apagões.''

Segundo Montagnana, como são poucos os hospitais que têm geradores, eles querem saber o que vão fazer, por exemplo, no caso de cirurgias. ''Ficar quatro horas sem energia durante um dia vai criar um grande problema para os centros cirúrgicos. As distribuidoras terão geradores para todo mundo que vai precisar?''

No Centro Hospitalar de Santo André, por exemplo, onde são feitos 1.200 atendimentos por dia e cerca de 1.100 internações por mês, há dois geradores a diesel para manter o funcionamento da UTI e dos aparelhos. Mas o elevador de uma das alas do hospital vai ficar sem funcionar.

A Stemac, uma das maiores fabricantes de geradores do país, informa que a demanda pelos equipamentos não pára de crescer. Em abril, vendeu 250 geradores. A média é de 200 por mês. A expectativa é chegar a 300 unidades neste mês, diz João Luiz Buneder, vice-presidente da empresa.

Com 160 geradores para alugar, a Poit conseguiu um financiamento de US$ 1 milhão para adquirir mais quatro aparelhos. ''Tenho lista de espera e interessados nesses quatro geradores. São indústrias dos setores farmacêutico, de bebidas e de pneus'', diz o empresário Wilson Poit.

  • Veja especial sobre a Crise Energética
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página