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11/05/2001
-
11h15
FABÍOLA SALANI
da Folha de S.Paulo
Alguns dos principais cruzamentos de São Paulo terão de ser fechados -com cavalete- para manter o trânsito fluindo nas avenidas em dias de apagão.
Essa é uma das medidas já previstas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) no plano de contingência que preparou para o tráfego em períodos de corte de luz, que começam em junho.
O presidente da companhia, Francisco Macena da Silva, 38, disse que não tem condições de elaborar um plano mais preciso porque não dispõe ainda de informações vitais: quando ocorrerão os cortes, onde eles serão, quanto tempo eles durarão.
''Acionei as gerências regionais pensando em cortes na cidade inteira. Mas só sabemos que eles podem ocorrer das 7h às 21h, podem durar de duas a quatro horas e não serão na cidade toda'', disse.
Com base nessas informações, Macena traçou um plano que inclui orientação de grandes cruzamentos com os agentes de trânsito -os marronzinhos- e equipes para recolocar os semáforos em funcionamento.
No caso de cruzamentos maiores em grandes corredores, Macena disse que haverá pontos em que os marronzinhos farão orientação do tráfego e outros em que ele será canalizado -o que significa bloquear os cruzamentos com cavaletes, levando o motorista a entrar na avenida.
Ainda não há um detalhamento da operação, mas uma das opções para quem precisa passar de um lado para outro de determinada avenida poderá ser cruzá-la em um ponto não tenha sido necessário fechar o cruzamento.
Macena afirmou ainda que é impossível manter pessoal em todos os cruzamentos -a companhia tem 800 marronzinhos, que trabalham em turnos.
No caso dos semáforos -a cidade tem cerca de 4.500-, o presidente da companhia disse que, assim que a luz voltar depois do corte, haverá equipes para checar seu funcionamento.
''Não temos um 'no break' [sistema de manutenção dos semáforos em caso de corte de luz], então, quando eles voltam, normalmente estão piscando ou têm lâmpadas queimadas'', afirmou.
Macena prevê aumento no número de acidentes durante o período em que durarem os cortes de energia.
''Não haverá semáforos, não haverá controle de velocidade [sem luz, os radares não funcionam], aumenta o risco de colisões.''
Macena classificou como ''irresponsabilidade'' o fato de não ter recebido ainda nenhuma orientação precisa da Eletropaulo sobre como ocorrerão os cortes.
''Os apagões vão ocorrer em junho e, até agora, nós não recebemos nenhuma informação da Eletropaulo sobre como ou quando haverá cortes de luz'', disse. ''Essa questão está sendo conduzida de forma irresponsável pela Eletropaulo.''
O presidente da CET criticou ainda a forma escolhida pelo governo federal para poupar luz. ''Pode economizar luz, mas serão enormes os prejuízos que vai causar à cidade. Vai ser o caos.''
A assessoria de imprensa da Eletropaulo informou que a companhia já tem uma equipe com 70 técnicos estudando a melhor maneira de fazer os cortes, incluindo aí como minimizar o impacto sobre serviços essenciais.
A Folha de S.Paulo apurou, porém, que as distribuidoras ainda não receberam as orientações de como devem ser feitos os cortes, o que impossibilita a definição precisa das ações a serem tomadas.
Veja especial sobre a Crise Energética
Apagões vão fechar os cruzamentos de SP
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da Folha de S.Paulo
Alguns dos principais cruzamentos de São Paulo terão de ser fechados -com cavalete- para manter o trânsito fluindo nas avenidas em dias de apagão.
Essa é uma das medidas já previstas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) no plano de contingência que preparou para o tráfego em períodos de corte de luz, que começam em junho.
O presidente da companhia, Francisco Macena da Silva, 38, disse que não tem condições de elaborar um plano mais preciso porque não dispõe ainda de informações vitais: quando ocorrerão os cortes, onde eles serão, quanto tempo eles durarão.
''Acionei as gerências regionais pensando em cortes na cidade inteira. Mas só sabemos que eles podem ocorrer das 7h às 21h, podem durar de duas a quatro horas e não serão na cidade toda'', disse.
Com base nessas informações, Macena traçou um plano que inclui orientação de grandes cruzamentos com os agentes de trânsito -os marronzinhos- e equipes para recolocar os semáforos em funcionamento.
No caso de cruzamentos maiores em grandes corredores, Macena disse que haverá pontos em que os marronzinhos farão orientação do tráfego e outros em que ele será canalizado -o que significa bloquear os cruzamentos com cavaletes, levando o motorista a entrar na avenida.
Ainda não há um detalhamento da operação, mas uma das opções para quem precisa passar de um lado para outro de determinada avenida poderá ser cruzá-la em um ponto não tenha sido necessário fechar o cruzamento.
Macena afirmou ainda que é impossível manter pessoal em todos os cruzamentos -a companhia tem 800 marronzinhos, que trabalham em turnos.
No caso dos semáforos -a cidade tem cerca de 4.500-, o presidente da companhia disse que, assim que a luz voltar depois do corte, haverá equipes para checar seu funcionamento.
''Não temos um 'no break' [sistema de manutenção dos semáforos em caso de corte de luz], então, quando eles voltam, normalmente estão piscando ou têm lâmpadas queimadas'', afirmou.
Macena prevê aumento no número de acidentes durante o período em que durarem os cortes de energia.
''Não haverá semáforos, não haverá controle de velocidade [sem luz, os radares não funcionam], aumenta o risco de colisões.''
Macena classificou como ''irresponsabilidade'' o fato de não ter recebido ainda nenhuma orientação precisa da Eletropaulo sobre como ocorrerão os cortes.
''Os apagões vão ocorrer em junho e, até agora, nós não recebemos nenhuma informação da Eletropaulo sobre como ou quando haverá cortes de luz'', disse. ''Essa questão está sendo conduzida de forma irresponsável pela Eletropaulo.''
O presidente da CET criticou ainda a forma escolhida pelo governo federal para poupar luz. ''Pode economizar luz, mas serão enormes os prejuízos que vai causar à cidade. Vai ser o caos.''
A assessoria de imprensa da Eletropaulo informou que a companhia já tem uma equipe com 70 técnicos estudando a melhor maneira de fazer os cortes, incluindo aí como minimizar o impacto sobre serviços essenciais.
A Folha de S.Paulo apurou, porém, que as distribuidoras ainda não receberam as orientações de como devem ser feitos os cortes, o que impossibilita a definição precisa das ações a serem tomadas.
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