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28/07/2000 - 11h03

Dez grupos estrangeiros querem comprar a Bavaria da AmBev

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ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo

Dez companhias estão interessadas na compra da marca Bavaria, pertencente ao grupo AmBev (fusão da Antarctica e Brahma). Todas são de capital estrangeiro e estão entre os maiores conglomerados cervejeiros do mundo.

Entre os interessados estão a africana SAB (South African Breweries) e a Anheuser-Busch, que fabrica a Budweiser, segundo a Folha apurou.

Há um mês, o banco norte-americano Donaldson, Lufkin & Jenrette Securities Corp, especializado em fusões e aquisições, está cuidando do processo de venda da Bavaria -um dos critérios para o Cade aprovar a união da Brahma e Antarctica.

O banco informa que não pode se posicionar sobre o assunto e não confirma, nem nega, os nomes dos grupos que querem pôr as mãos na Bavaria, dona de 3,7% do mercado de cervejas no país. Mas afirma que as dez empresas estrangeiras vêem como 'fantástica' a chance de entrar no mercado brasileiro.

"Ao contrário de outros mercados estagnados, assistiremos aqui a um aumento no consumo de cerveja nos próximos anos', diz José Olympio Pereira, diretor do DLJ na América Latina.
Estudo do Deutsche Bank mostra que a produção de cervejas no país crescerá de 8,4 bilhões de litros neste ano para 8,8 bilhões em 2001. Na África do Sul, o crescimento será inferior (de 2,6 bilhões para 2,7 bilhões de litros). Na Argentina, o aumento pode atingir a metade do previsto no Brasil.

Os rumores sobre o interesse da SAB na Bavaria têm aumentado nas últimas semanas. A companhia tem entre 65% e 70% do mercado sul-africano e segue uma política agressiva de compra de fábricas no mundo.

A Anheuser-Busch, por sua vez, surge como nome forte pois não tem mais relação contratual com a Antarctica desde abril. Ela deixou de participar da empresa e está livre para novos negócios.

O Cade, que estipulou as regras para a criação da AmBev, definiu que o novo dono da Bavaria não poderia ter mais de 5% de participação do mercado no país.

O raciocínio do conselho era o seguinte: já que a fusão resultou num grupo com 67% das vendas do setor, seria preciso criar um novo 'player' de fôlego no segmento. A limitação em 5%, porém, excluiu potenciais interessados, como as nacionais Kaiser e Schincariol, com 14% e 9,3% de participação no setor, respectivamente. E colocou os estrangeiros entre os primeiros da fila.



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