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15/05/2001
-
00h58
da Folha de S.Paulo
O governo paulista decidiu adiar o leilão de privatização da Cesp Paraná, marcado para amanhã. Não está prevista nova data para a venda da empresa. A Cesp Paraná produz 12% da energia consumida no país e é segunda maior geradora de eletricidade, atrás apenas de Furnas.
A decisão foi tomada em reunião do Programa Estadual de Desestatização, na noite da segunda, da qual participaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário estadual de Energia, Mauro Arce _Arce participa também da comissão federal que estuda as medidas de contenção do consumo de energia.
A Folha apurou que a medida foi influenciada pela crise e pelo clima de indefinições a respeito do racionamento de energia _neste momento seria mais seguro enfrentar um período de incertezas tendo sob controle uma das maiores geradoras de energia do país. No entanto, não está descartada a hipótese de que a medida tenha sido tomada simplesmente pela ameaça de fracasso do leilão.
Essa não é a primeira vez que o governo de São Paulo enfrenta dificuldades para vender o controle da Cesp Paraná. No ano passado, o leilão foi cancelado depois que as seis empresas inscritas desistiram da disputa.
As concorrentes alegaram que o negócio era muito arriscado porque o futuro da empresa dependia da solução de problemas ambientais. Alguns dos problemas foram superados, mas ainda existem disputas em torno de questões ambientais, dívidas e indenizações nas áreas alagadas.
Argumento sindical
Até ontem, fazia parte dos planos de sindicalistas e políticos aproveitar a crise de abastecimento da energia como argumento para manter a Cesp Paraná sob controle do Estado.
"O mais sensato nesse momento é suspender qualquer privatização", dizia Artur Henrique da Silva, secretário-geral do Sindicato dos Eletricitários de Campinas, da CUT de São Paulo.
"O dinheiro que seria gasto com a compra da empresa deveria ser redirecionado para investimentos para o abastecimento de energia."
Liminares
Antes da decisão do governo paulista, o leilão de privatização da Cesp havia sido suspenso por uma liminar concedida pela juíza Leila Paiva, da 10ª Vara Federal de São Paulo. A ação havia sido movida pelo Sinergia (sindicato dos trabalhadores da área de energia), ligado à CUT, e por oito deputados federais do PT, liderados por José Dirceu e por José Genoino.
Na ação, o sindicato e os deputados questionam o preço mínimo de R$ 1,7 bilhão fixado pelo governo do Estado para a venda do controle da empresa.
Veja especial sobre a Crise Energética
Veja como foram os outros leilões da Cesp:
Cesp Paranapanema
Cesp Tietê
Governo de São Paulo decide adiar leilão da Cesp
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O governo paulista decidiu adiar o leilão de privatização da Cesp Paraná, marcado para amanhã. Não está prevista nova data para a venda da empresa. A Cesp Paraná produz 12% da energia consumida no país e é segunda maior geradora de eletricidade, atrás apenas de Furnas.
A decisão foi tomada em reunião do Programa Estadual de Desestatização, na noite da segunda, da qual participaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário estadual de Energia, Mauro Arce _Arce participa também da comissão federal que estuda as medidas de contenção do consumo de energia.
A Folha apurou que a medida foi influenciada pela crise e pelo clima de indefinições a respeito do racionamento de energia _neste momento seria mais seguro enfrentar um período de incertezas tendo sob controle uma das maiores geradoras de energia do país. No entanto, não está descartada a hipótese de que a medida tenha sido tomada simplesmente pela ameaça de fracasso do leilão.
Essa não é a primeira vez que o governo de São Paulo enfrenta dificuldades para vender o controle da Cesp Paraná. No ano passado, o leilão foi cancelado depois que as seis empresas inscritas desistiram da disputa.
As concorrentes alegaram que o negócio era muito arriscado porque o futuro da empresa dependia da solução de problemas ambientais. Alguns dos problemas foram superados, mas ainda existem disputas em torno de questões ambientais, dívidas e indenizações nas áreas alagadas.
Argumento sindical
Até ontem, fazia parte dos planos de sindicalistas e políticos aproveitar a crise de abastecimento da energia como argumento para manter a Cesp Paraná sob controle do Estado.
"O mais sensato nesse momento é suspender qualquer privatização", dizia Artur Henrique da Silva, secretário-geral do Sindicato dos Eletricitários de Campinas, da CUT de São Paulo.
"O dinheiro que seria gasto com a compra da empresa deveria ser redirecionado para investimentos para o abastecimento de energia."
Liminares
Antes da decisão do governo paulista, o leilão de privatização da Cesp havia sido suspenso por uma liminar concedida pela juíza Leila Paiva, da 10ª Vara Federal de São Paulo. A ação havia sido movida pelo Sinergia (sindicato dos trabalhadores da área de energia), ligado à CUT, e por oito deputados federais do PT, liderados por José Dirceu e por José Genoino.
Na ação, o sindicato e os deputados questionam o preço mínimo de R$ 1,7 bilhão fixado pelo governo do Estado para a venda do controle da empresa.
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