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18/05/2001
-
08h15
KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso faz hoje um pronunciamento às 20h para tentar mudar o que considera uma expectativa exagerada dos danos da crise energética.
Ou seja, dará início a uma campanha de mídia para vender que será possível evitar os apagões, desde que todos os setores da sociedade cumpram o plano de racionamento que decidiu adotar.
FHC avalia que poderá diminuir o desgaste político se o cenário sombrio previsto inicialmente não acontecer. Até a semana passada, o governo trabalhava com a necessidade de adotar apagões (cortes prolongados de energia elétrica), o que iria gerar uma grande insatisfação popular.
Na decisão de acabar com os jogos de futebol à noite, tomada anteontem, o governo poderia ter dado um prazo para a medida entrar em vigor. No entanto fez questão de executá-la imediatamente para ajudar a dar um ar de gravidade à crise e mostrar que é preciso economizar desde já. A previsão era que racionamento começasse em 1º de junho, mas se iniciou na prática ontem.
FHC foi convencido pelo diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), David Zylbersztajn, de que a crise será menos grave. Por isso, FHC adotou sua proposta, cujo pilar é um tarifaço para os 30% de domicílios que mais consomem energia. Acima de determinado limite de consumo, haverá uma sobretaxa que crescerá gradualmente, de acordo com o gasto.
Na apresentação da proposta, o diretor-geral da ANP afirmou que os apagões serão evitados. No plano original, previa-se que, acima de 250 kWh por mês, o consumidor residencial pagaria a tarifa de ultrapassagem. Ontem, estudava-se o aumento e a diminuição desse limite de acordo com a região.
FHC deverá afirmar que foi a fórmula que encontrou para diminuir o prejuízo aos mais pobres e que menos consomem.
No pronunciamento, o presidente vai assumir a responsabilidade pela crise energética. Avalia que não tem como transferir culpa, apesar de ter dito que foi surpreendido pelo episódio.
O presidente tentará criar um clima de comoção nacional, pedindo à população que se mobilize para economizar energia.
Veja especial sobre a Crise Energética
FHC tenta conter desgaste político com apagão
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso faz hoje um pronunciamento às 20h para tentar mudar o que considera uma expectativa exagerada dos danos da crise energética.
Ou seja, dará início a uma campanha de mídia para vender que será possível evitar os apagões, desde que todos os setores da sociedade cumpram o plano de racionamento que decidiu adotar.
FHC avalia que poderá diminuir o desgaste político se o cenário sombrio previsto inicialmente não acontecer. Até a semana passada, o governo trabalhava com a necessidade de adotar apagões (cortes prolongados de energia elétrica), o que iria gerar uma grande insatisfação popular.
Na decisão de acabar com os jogos de futebol à noite, tomada anteontem, o governo poderia ter dado um prazo para a medida entrar em vigor. No entanto fez questão de executá-la imediatamente para ajudar a dar um ar de gravidade à crise e mostrar que é preciso economizar desde já. A previsão era que racionamento começasse em 1º de junho, mas se iniciou na prática ontem.
FHC foi convencido pelo diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), David Zylbersztajn, de que a crise será menos grave. Por isso, FHC adotou sua proposta, cujo pilar é um tarifaço para os 30% de domicílios que mais consomem energia. Acima de determinado limite de consumo, haverá uma sobretaxa que crescerá gradualmente, de acordo com o gasto.
Na apresentação da proposta, o diretor-geral da ANP afirmou que os apagões serão evitados. No plano original, previa-se que, acima de 250 kWh por mês, o consumidor residencial pagaria a tarifa de ultrapassagem. Ontem, estudava-se o aumento e a diminuição desse limite de acordo com a região.
FHC deverá afirmar que foi a fórmula que encontrou para diminuir o prejuízo aos mais pobres e que menos consomem.
No pronunciamento, o presidente vai assumir a responsabilidade pela crise energética. Avalia que não tem como transferir culpa, apesar de ter dito que foi surpreendido pelo episódio.
O presidente tentará criar um clima de comoção nacional, pedindo à população que se mobilize para economizar energia.
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