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18/05/2001
-
08h37
CLAUDIA ROLLI e FÁTIMA FERNANDES
da Folha de S.Paulo
Para atingir economia de apenas 1% no consumo de energia, com o corte de 35% da iluminação pública, como quer o governo, as distribuidoras podem demorar até 40 dias. Esse é o tempo que as concessionárias de energia precisam para deixar as cidades à meia-luz.
A Eletropaulo, que fornece energia para a região metropolitana e mais 23 municípios, informa que, se desligar 35% do total de 1 milhão de lâmpadas sob seu controle, a economia no consumo de energia será de 1%. Ontem, a previsão era desligar 10 mil lâmpadas nas principais vias da capital.
A Bandeirante Energia, responsável pelo fornecimento de eletricidade em 55 municípios do interior de São Paulo e da Baixada Santista, informa que a redução no consumo será menor ainda -0,8%. Esse corte equivale a apagar uma cidade do tamanho de Taubaté ou Mogi das Cruzes.
''O corte de 35% da iluminação pública não tem grande impacto se levarmos em conta o fato de o governo querer reduzir 20% o consumo de energia'', diz Marco Antonio de Vasconcelos, vice-presidente da Eletropaulo.
Apagar as lâmpadas, segundo as distribuidoras, não é uma operação complicada, mas leva tempo porque a operação é feita manualmente. A Eletropaulo desligou ontem lâmpadas das avenidas Nove de Julho, 23 de Maio, Santo Amaro e Paulista.
A Eletropaulo informou que detectou ontem uma queda média de 4% no consumo diário de sua rede elétrica em comparação com os dados de consumo de anteontem. Por volta das 17h de ontem, a diminuição chegou a 6%.
''Não podemos precisar em que setores e em que regiões houve essa queda. Mas acreditamos que a diminuição foi uma manifestação espontânea da população'', diz o vice-presidente da Eletropaulo.
Para Vasconcelos, a queda é reflexo de medidas como a substituição de lâmpadas, além do racionamento do uso de chuveiros e de outros aparelhos elétricos.
Segundo a Eletropaulo, seu consumo médio anual é de 35 milhões de megawatts/hora. Por dia, é de cerca de 100 mil megawatts/ hora. ''A queda de 4% foi verificada na comparação de hoje [ontem] com ontem [quarta-feira] considerando a média de consumo'', diz Vasconcelos.
No final da tarde de ontem, a Eletropaulo colocou em dúvida se continuaria hoje o trabalho de corte de luz nas ruas, pois chegou à diretoria a informação que a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, estava descontente com a ação da distribuidora de apagar as luzes da cidade sem consultar a Prefeitura.
''Nós somos um braço do governo. O governo determinou o desligamento das lâmpadas. É o que estamos fazendo'', diz Vasconcelos.
Para evitar atritos com os municípios, a Bandeirante informa que vai consultar as prefeituras antes de apagar as lâmpadas. A distribuidora quer fazer o desligamento a partir do dia 1º de junho.
Veja especial sobre a Crise Energética
Apagar luz das ruas demora até 40 dias
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da Folha de S.Paulo
Para atingir economia de apenas 1% no consumo de energia, com o corte de 35% da iluminação pública, como quer o governo, as distribuidoras podem demorar até 40 dias. Esse é o tempo que as concessionárias de energia precisam para deixar as cidades à meia-luz.
A Eletropaulo, que fornece energia para a região metropolitana e mais 23 municípios, informa que, se desligar 35% do total de 1 milhão de lâmpadas sob seu controle, a economia no consumo de energia será de 1%. Ontem, a previsão era desligar 10 mil lâmpadas nas principais vias da capital.
A Bandeirante Energia, responsável pelo fornecimento de eletricidade em 55 municípios do interior de São Paulo e da Baixada Santista, informa que a redução no consumo será menor ainda -0,8%. Esse corte equivale a apagar uma cidade do tamanho de Taubaté ou Mogi das Cruzes.
''O corte de 35% da iluminação pública não tem grande impacto se levarmos em conta o fato de o governo querer reduzir 20% o consumo de energia'', diz Marco Antonio de Vasconcelos, vice-presidente da Eletropaulo.
Apagar as lâmpadas, segundo as distribuidoras, não é uma operação complicada, mas leva tempo porque a operação é feita manualmente. A Eletropaulo desligou ontem lâmpadas das avenidas Nove de Julho, 23 de Maio, Santo Amaro e Paulista.
A Eletropaulo informou que detectou ontem uma queda média de 4% no consumo diário de sua rede elétrica em comparação com os dados de consumo de anteontem. Por volta das 17h de ontem, a diminuição chegou a 6%.
''Não podemos precisar em que setores e em que regiões houve essa queda. Mas acreditamos que a diminuição foi uma manifestação espontânea da população'', diz o vice-presidente da Eletropaulo.
Para Vasconcelos, a queda é reflexo de medidas como a substituição de lâmpadas, além do racionamento do uso de chuveiros e de outros aparelhos elétricos.
Segundo a Eletropaulo, seu consumo médio anual é de 35 milhões de megawatts/hora. Por dia, é de cerca de 100 mil megawatts/ hora. ''A queda de 4% foi verificada na comparação de hoje [ontem] com ontem [quarta-feira] considerando a média de consumo'', diz Vasconcelos.
No final da tarde de ontem, a Eletropaulo colocou em dúvida se continuaria hoje o trabalho de corte de luz nas ruas, pois chegou à diretoria a informação que a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, estava descontente com a ação da distribuidora de apagar as luzes da cidade sem consultar a Prefeitura.
''Nós somos um braço do governo. O governo determinou o desligamento das lâmpadas. É o que estamos fazendo'', diz Vasconcelos.
Para evitar atritos com os municípios, a Bandeirante informa que vai consultar as prefeituras antes de apagar as lâmpadas. A distribuidora quer fazer o desligamento a partir do dia 1º de junho.
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