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18/05/2001
-
09h14
LUIZA DAMÉ
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O coordenador de redução do consumo de energia é um curinga no círculo político de Fernando Henrique Cardoso. Ex-deputado federal e um dos fundadores do PSDB -ao lado de Covas, Serra, José Richa, Montoro, Pimenta da Veiga e FHC-, Euclides Scalco é frequentemente acionado quando o presidente precisa de um aliado leal, com sensibilidade e credibilidade política.
Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, Scalco chegou a ser cogitado para comandar o ''ministério do apagão'' -como é chamada a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica. Não ficou com a função porque não quis permanecer em Brasília a semana inteira. Enquanto durar a crise energética, vai se revezar entre Brasília e Curitiba, onde preside Itaipu desde 1995.
Em momentos de crise, Scalco é sempre cogitado para o cargo de articulador político do governo. Com origem no PTB de Getúlio Vargas, é apontado, inclusive pelos adversários, como um político correto, honesto e cumpridor de palavra.
Com base nesse perfil, ele foi escolhido para coordenar a campanha da reeleição em 1998. Coube a Scalco administrar as diferenças políticas entre os aliados de FHC. Discreto, o coordenador político do comitê eleitoral evitava se posicionar a favor deste ou daquele candidato que buscava apoio do presidente.
Costumava dizer que sua função era evitar atritos para conquistar apoios à candidatura de FHC. Acabou trombando com outro coordenador da campanha: Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência.
O ar sisudo de Scalco esconde uma pessoa bem-humorada e gentil. Há cerca de oito anos, quando estava afastado do noticiário nacional, Scalco não se recusou a participar de uma ''pegadinha'' de um programa da rede de televisão SBT.
Ele estava na porta de um hotel em São Paulo aguardando um táxi e chegou uma carroça para levá-lo ao aeroporto. Mesmo atrasado, ele aceitou subir na carroça e, depois de informado de que era uma brincadeira, permitiu que a cena fosse ao ar. ''Não podia perder uma oportunidade daquelas'', costuma dizer entre gargalhadas.
Com rígida formação católica, Scalco está casado há 45 anos com Therezinha, sua namorada de adolescência. Gaúcho de Nova Prata, ele tem 69 anos, quatro filhos e sete netos. No final do ano passado, a pedido dos netos, raspou o bigode que usava havia 51 anos.
O farmacêutico Euclides Scalco iniciou sua vida pública em 1961, quando foi eleito vereador em Francisco Beltrão, no interior do Paraná. Foi prefeito da cidade e três vezes deputado federal. Desistiu de disputar cargos eletivos depois de perder a eleição para o governo do Paraná em 1994 na chapa tucana de José Richa.
No ano seguinte, deixou o PSDB por discordar da filiação ao partido do grupo político do senador Álvaro Dias (PR), um de seus principais adversários, além do atual governador do Paraná, Jaime Lerner (PFL).
Veja especial sobre a Crise Energética
Coordenador de redução de consumo de energia é aliado fiel de FHC
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O coordenador de redução do consumo de energia é um curinga no círculo político de Fernando Henrique Cardoso. Ex-deputado federal e um dos fundadores do PSDB -ao lado de Covas, Serra, José Richa, Montoro, Pimenta da Veiga e FHC-, Euclides Scalco é frequentemente acionado quando o presidente precisa de um aliado leal, com sensibilidade e credibilidade política.
Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, Scalco chegou a ser cogitado para comandar o ''ministério do apagão'' -como é chamada a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica. Não ficou com a função porque não quis permanecer em Brasília a semana inteira. Enquanto durar a crise energética, vai se revezar entre Brasília e Curitiba, onde preside Itaipu desde 1995.
Em momentos de crise, Scalco é sempre cogitado para o cargo de articulador político do governo. Com origem no PTB de Getúlio Vargas, é apontado, inclusive pelos adversários, como um político correto, honesto e cumpridor de palavra.
Com base nesse perfil, ele foi escolhido para coordenar a campanha da reeleição em 1998. Coube a Scalco administrar as diferenças políticas entre os aliados de FHC. Discreto, o coordenador político do comitê eleitoral evitava se posicionar a favor deste ou daquele candidato que buscava apoio do presidente.
Costumava dizer que sua função era evitar atritos para conquistar apoios à candidatura de FHC. Acabou trombando com outro coordenador da campanha: Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência.
O ar sisudo de Scalco esconde uma pessoa bem-humorada e gentil. Há cerca de oito anos, quando estava afastado do noticiário nacional, Scalco não se recusou a participar de uma ''pegadinha'' de um programa da rede de televisão SBT.
Ele estava na porta de um hotel em São Paulo aguardando um táxi e chegou uma carroça para levá-lo ao aeroporto. Mesmo atrasado, ele aceitou subir na carroça e, depois de informado de que era uma brincadeira, permitiu que a cena fosse ao ar. ''Não podia perder uma oportunidade daquelas'', costuma dizer entre gargalhadas.
Com rígida formação católica, Scalco está casado há 45 anos com Therezinha, sua namorada de adolescência. Gaúcho de Nova Prata, ele tem 69 anos, quatro filhos e sete netos. No final do ano passado, a pedido dos netos, raspou o bigode que usava havia 51 anos.
O farmacêutico Euclides Scalco iniciou sua vida pública em 1961, quando foi eleito vereador em Francisco Beltrão, no interior do Paraná. Foi prefeito da cidade e três vezes deputado federal. Desistiu de disputar cargos eletivos depois de perder a eleição para o governo do Paraná em 1994 na chapa tucana de José Richa.
No ano seguinte, deixou o PSDB por discordar da filiação ao partido do grupo político do senador Álvaro Dias (PR), um de seus principais adversários, além do atual governador do Paraná, Jaime Lerner (PFL).
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