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18/05/2001
-
18h14
da Folha Online, em São Paulo e Brasília
O consumidor que conseguir diminuir o seu consumo de energia, mas ainda assim ficar acima da cota, corre o risco de acabar o mês com uma conta de luz mais cara e ainda ficar no escuro.
Isso porque o plano do governo para o racionamento vai sobretaxar todas as pessoas que consomem mais de 200 kWh/mês -o equivalente a 35% dos consumidores residenciais do Sudeste/Centro-Oeste e 12% no Nordeste.
Só ficarão fora do racionamento aqueles que consomem até 100 kWh por mês, o equivalente a uma conta de R$ 24 em São Paulo.
Quem consome entre 101 kWh e 200 kWh não pagará multa, mas terá de economizar 20% para não ter a energia cortada. Quem consome acima de 200 kWh por mês (R$ 48 em São Paulo) fica sujeito a corte e multa.
Para calcular a cota de junho deste ano será considerada a média do que foi gasto nos meses de maio, junho e julho de 2000. Para saber a sua cota, pegue na conta de luz o consumo nesses meses. Some e divida por três. Do total, aplique um redutor de 20% (multiplique o número por 0,8).
Essa passa a ser sua meta para junho, julho e agosto. Se você não cumprir, vai ter a conta de luz cortada por três dias. Se reincidir, serão seis dias no escuro.
Prejuízo dobrado
Quem gasta até 400 kWh (R$ 96 em São Paulo), por exemplo, terá de reduzir o consumo em 20% para não ficar sem luz, chegando a 320 kWh.
Se ele reduzir apenas 10% (360 kWh), irá ficar três dias sem energia no mês seguinte por não cumprir sua cota. Além disso, a sua conta subiria de R$ 96 para R$ 105,6, devido à multa que o governo decidiu rebatizar como "sobretaxa".
Outro problema é o direcionamento do dinheiro da multa, que não irá para as distribuidoras e geradoras de energia, que terão perda de receita se o consumo cair. Mas, para evitar isso, deve vir um aumento na tarifa normal, que deve ser realizado em julho ou agosto.
Se o aumento ficar mesmo em torno de 20%, como está sendo previsto, vai ficar difícil ter uma conta mais barata, mesmo com um esforço para economizar.
As medidas do governo passam a valer a partir de 1º de junho.
Atingidos
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, 30% dos consumidores gastam até 100 kWh por mês. Aproximadamente 35% consomem entre 101 kWh e 200 kWh. Outros 30% gastam entre 201 kWh e 500 kWh. Apenas 5% ficam acima dos 500 kWh (contas superiores a R$ 120).
No Nordeste, 63% gastam até 100 kWh. 25% consomem de 101 kWh a 200 kWh e 10%, entre 201 kWh e 500 kWh. Apenas 2% ficam acima dos 500 kWh (contas superiores a R$ 120).
Veja especial sobre a Crise Energética
Consumidor pode economizar, pagar mais caro e ainda ficar sem luz
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O consumidor que conseguir diminuir o seu consumo de energia, mas ainda assim ficar acima da cota, corre o risco de acabar o mês com uma conta de luz mais cara e ainda ficar no escuro.
Isso porque o plano do governo para o racionamento vai sobretaxar todas as pessoas que consomem mais de 200 kWh/mês -o equivalente a 35% dos consumidores residenciais do Sudeste/Centro-Oeste e 12% no Nordeste.
Só ficarão fora do racionamento aqueles que consomem até 100 kWh por mês, o equivalente a uma conta de R$ 24 em São Paulo.
Quem consome entre 101 kWh e 200 kWh não pagará multa, mas terá de economizar 20% para não ter a energia cortada. Quem consome acima de 200 kWh por mês (R$ 48 em São Paulo) fica sujeito a corte e multa.
Para calcular a cota de junho deste ano será considerada a média do que foi gasto nos meses de maio, junho e julho de 2000. Para saber a sua cota, pegue na conta de luz o consumo nesses meses. Some e divida por três. Do total, aplique um redutor de 20% (multiplique o número por 0,8).
Essa passa a ser sua meta para junho, julho e agosto. Se você não cumprir, vai ter a conta de luz cortada por três dias. Se reincidir, serão seis dias no escuro.
Prejuízo dobrado
Quem gasta até 400 kWh (R$ 96 em São Paulo), por exemplo, terá de reduzir o consumo em 20% para não ficar sem luz, chegando a 320 kWh.
Se ele reduzir apenas 10% (360 kWh), irá ficar três dias sem energia no mês seguinte por não cumprir sua cota. Além disso, a sua conta subiria de R$ 96 para R$ 105,6, devido à multa que o governo decidiu rebatizar como "sobretaxa".
Outro problema é o direcionamento do dinheiro da multa, que não irá para as distribuidoras e geradoras de energia, que terão perda de receita se o consumo cair. Mas, para evitar isso, deve vir um aumento na tarifa normal, que deve ser realizado em julho ou agosto.
Se o aumento ficar mesmo em torno de 20%, como está sendo previsto, vai ficar difícil ter uma conta mais barata, mesmo com um esforço para economizar.
As medidas do governo passam a valer a partir de 1º de junho.
Atingidos
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, 30% dos consumidores gastam até 100 kWh por mês. Aproximadamente 35% consomem entre 101 kWh e 200 kWh. Outros 30% gastam entre 201 kWh e 500 kWh. Apenas 5% ficam acima dos 500 kWh (contas superiores a R$ 120).
No Nordeste, 63% gastam até 100 kWh. 25% consomem de 101 kWh a 200 kWh e 10%, entre 201 kWh e 500 kWh. Apenas 2% ficam acima dos 500 kWh (contas superiores a R$ 120).
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