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19/05/2001 - 09h36

Cartilha vai ensinar classes C e D a economizar

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WILLIAM FRANÇA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O governo pretende distribuir 10 milhões de exemplares de uma cartilha para que a população das classes C e D -classes média e média baixa- entenda o que é quilowatt-hora e como pode fazer para economizar energia elétrica no dia-a-dia.

Essas faixas da população, por terem menos instrução, receberão tratamento especial dentro da estratégia de comunicação do governo para o racionamento.

Essa cartilha faz parte da megacampanha publicitária que está sendo avaliada pelo "ministério do apagão" e decidida no início da próxima semana, que deve custar cerca de R$ 25 milhões. Os recursos são suficientes para os primeiros 90 dias da campanha de racionalização de energia, que deve durar pelo menos até novembro.

Além da campanha, foi feito todo um trabalho visual para que a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica "passe uma idéia positiva de seu trabalho e deixe de ser associada à possibilidade de apagão", segundo um publicitário ouvido pela Folha.

A câmara passa a ser identificada pelo slogan "Energia Brasil", num logotipo com as cores verde e azul, numa tentativa de mostrar que ela tem energia para vencer a crise. O slogan estreou ontem.

A campanha, criada pela agência Propeg, tem dois focos de atuação: um educativo, que é formado pela cartilha e pelos comerciais pedindo atenção para a conservação de energia elétrica, e outro informativo, em que deverá ser dada ênfase às explicações sobre as regras para a redução de consumo e de como será feito o cálculo da conta de luz.

Os comerciais informativos terão um formato semelhante a um telejornal, no qual uma apresentadora mostrará as decisões do governo.

Comerciais de TV com tomadinhas animadas serão veiculados mais vezes. Antes, ocupavam apenas o espaço gratuito a que o governo tem direito nas emissoras.

Agora, como a mídia também deverá paga, eles entrarão mais vezes ao dia no ar e pelo menos quatro vezes ao dia em horário nobre, em cada emissora, em todo o país -mesmo nos Estados que não ainda têm racionamento.

Também deverão ser gastos cerca de R$ 6,7 milhões com pagamento de merchandising aos principais apresentadores de TV, de todas as emissoras, especialmente os que têm programas voltados às camadas mais baixas da população. Eles darão dicas de como economizar energia, como se estivessem voluntariamente engajados na campanha.

Na tentativa de alcançar também as classes mais pobres, estão sendo preparados informativos que deverão ser lidos pelos apresentadores mais populares e de credibilidade em mais de 400 emissoras de rádio de todo o país, especialmente no interior. Será feito um serviço de rádio-escuta para aferir o serviço.

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