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19/05/2001
-
09h45
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo não descarta a hipótese de promover apagões, mesmo que a população cumpra à risca as cotas do programa de racionamento de energia elétrica.
"Não admitir a possibilidade de apagão seria o mesmo que mentir", disse Pedro Parente.
Nos últimos cinco dias, o consumo caiu entre 5% e 6% em relação ao mesmo período de abril. A economia começou voluntariamente, antes do anúncio do racionamento. Os apagões se tornarão necessários em duas situações. A primeira, em um eventual fracasso do programa de racionamento.
A outra é na hipótese de ocorrer uma estiagem maior que a esperada nos próximos meses.
Em tese, há menos de 12,5% de chances de ocorrer uma seca tão profunda que obrigue o governo a promover apagões.
Em outras palavras, o programa do governo tem 87,5% de chances de dar certo se a população colaborar.
As informações são de um estudo de técnicos do ONS, órgão que administra a geração de energia elétrica no país, com base nas chuvas registradas nos últimos 70 anos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. A esperança do governo é que não se repita um ano tão ruim quanto o de 1934. Naquele ano, as chuvas ficaram 41% abaixo da média histórica.
Todo o programa de racionamento tem o objetivo de garantir que, em novembro, os reservatórios de água não estejam abaixo de 10% de sua capacidade. Se tiver menos que isso, o sistema entra virtualmente em colapso.
Para atingir tal objetivo, o governo conta com dois fatores: que a população corte o consumo de energia em 20% comparado ao ano passado e que as chuvas não fiquem abaixo de 33% da média histórica. Se um desses fatores falhar, pode haver apagões.
Veja especial sobre a Crise Energética
Apagões não estão descartados
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O governo não descarta a hipótese de promover apagões, mesmo que a população cumpra à risca as cotas do programa de racionamento de energia elétrica.
"Não admitir a possibilidade de apagão seria o mesmo que mentir", disse Pedro Parente.
Nos últimos cinco dias, o consumo caiu entre 5% e 6% em relação ao mesmo período de abril. A economia começou voluntariamente, antes do anúncio do racionamento. Os apagões se tornarão necessários em duas situações. A primeira, em um eventual fracasso do programa de racionamento.
A outra é na hipótese de ocorrer uma estiagem maior que a esperada nos próximos meses.
Em tese, há menos de 12,5% de chances de ocorrer uma seca tão profunda que obrigue o governo a promover apagões.
Em outras palavras, o programa do governo tem 87,5% de chances de dar certo se a população colaborar.
As informações são de um estudo de técnicos do ONS, órgão que administra a geração de energia elétrica no país, com base nas chuvas registradas nos últimos 70 anos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. A esperança do governo é que não se repita um ano tão ruim quanto o de 1934. Naquele ano, as chuvas ficaram 41% abaixo da média histórica.
Todo o programa de racionamento tem o objetivo de garantir que, em novembro, os reservatórios de água não estejam abaixo de 10% de sua capacidade. Se tiver menos que isso, o sistema entra virtualmente em colapso.
Para atingir tal objetivo, o governo conta com dois fatores: que a população corte o consumo de energia em 20% comparado ao ano passado e que as chuvas não fiquem abaixo de 33% da média histórica. Se um desses fatores falhar, pode haver apagões.
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