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19/05/2001 - 11h46

CNI pede negociação para novas ligações de energia

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O presidente em exercício da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, pediu ao governo que os empresários que estão com projetos em implantação e ainda não tenham requerido ligação à concessionária, possam ter acesso à rede elétrica.

"A suspensão pura e simples do atendimento a novas cargas deixaria esse empresário à mercê de completa incerteza, onerando absurdamente seus investimentos. É como se fosse punido por ter ousado investir na produção", afirmou Ferreira.

Ele propõe que haja uma negociação específica de cada pedido, ou seja, uma margem de negociação para as empresas nessas situações.

Apesar da preocupação de Ferreira, ele está estimulando o setor industrial e a sociedade a se engajarem de forma ainda mais ativa no racionamento de energia elétrica. " Todos os esforços devem ser desenvolvidos de modo a minimizar o impacto da crise energética sobre a sociedade", ressaltou.

Moreira Ferreira divulgou ontem uma nota técnica de avaliação das medidas anunciadas até agora pelo governo. No documento, a CNI avalia que a taxa de crescimento da geração de energia inferior ao crescimento da economia, aliada à falta de chuvas, tornou inevitável o racionamento. A entidade também concluiu que as medidas do governo impõem "significativas restrições à atividade produtiva", mas elogiou a iniciativa de não terem sido incluídos cortes generalizados no suprimento de energia.

Outro ponto positivo levantado pelo setor industrial foi a flexibilidade no tratamento das diferenças setoriais no que tange aos usuários de alta tensão (ligações feitas diretamente à rede de alta tensão), que terão que economizar entre 15% e 25% em relação ao consumo médio de maio, junho e julho de 2000. A meta de economia para os consumidores industriais de baixa tensão (ligações feitas à rede elétrica das concessionárias) é de 20% em relação ao mesmo período.

Ferreira também reclama dos critérios acima. Segundo a nota, a indústria trabalha hoje com um nível médio de produção cerca de 7% maior do que o do trimestre do ano passado escolhido pelo governo para definir as metas de redução do consumo. Neste caso, diz a nota, as metas de economia, na prática, serão 5% maiores do que as anunciadas ontem. Os consumidores industriais de alta tensão teriam que economizar entre 20% e 30% e os de baixa tensão 25%. "Isso tornaria ainda mais expressivo o ajuste na produção e nos níveis de emprego", disse opresidente da CNI. A entidade apresentou algumas sugestões para que o racionamento tenha o menor impacto possível para a atividade econômica e o emprego.

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