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21/05/2001
-
20h48
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), David Zylbersztajn, disse nesta segunda-feira que quem ganhar ações judiciais contra o racionamento de eletricidade vai "ganhar de presente o apagão".
"Há duas opções: ou as pessoas economizam ou têm o apagão. Quem recorrer à Justiça e ganhar, vai ganhar de presente o apagão", afirmou Zylberstajn, em Salvador.
Ele também atirou farpas contra os advogados, juízes e desembargadores contrários às metas e às sobretaxas estipuladas pelo governo para economizar energia. Segundo o diretor-geral da ANP, "eles vivem em Marte".
"Se existisse uma mágica para fazer chover, esses juristas também seriam contra", disse Zylbersztajn, antes de participar de um seminário organizado por uma universidade baiana.
Entre os contrários à sobretaxa de 200% sobre o consumo acima de 500 kWh está o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio de Mello.
Segundo o diretor-geral da ANP, o presidente Fernando Henrique Cardoso procurou resolver o problema da "melhor forma possível". "Ele (FHC) não recorreu à Justiça para não atrapalhar."
David Zylbersztajn disse também que os apagões serão inevitáveis se a sociedade não contribuir para a redução do consumo de energia.
"A sociedade e a Justiça devem decidir o que é melhor neste momento. Para o governo, o melhor é a redução do consumo", disse o diretor-geral da ANP.
Diferentemente do que fez o presidente Fernando Henrique Cardoso _que responsabilizou dois ex-ministros ligados ao senador Antonio Carlos Magalhães pela crise_, o diretor-geral da ANP disse que não está preocupado em "olhar para o retrovisor para apontar os culpados".
"A crise tem de ser enfrentada de frente e com coragem. Nós fizemos um plano e o colocamos à disposição da sociedade. Se não der certo, as grandes cidades brasileiras ficarão sete horas por dia sem energia. Não há mais o que discutir."
Veja especial sobre a Crise Energética
Quem entrar na Justiça ganha um apagão de presente, diz Zylbersztajn
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da Agência Folha, em Salvador
O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), David Zylbersztajn, disse nesta segunda-feira que quem ganhar ações judiciais contra o racionamento de eletricidade vai "ganhar de presente o apagão".
"Há duas opções: ou as pessoas economizam ou têm o apagão. Quem recorrer à Justiça e ganhar, vai ganhar de presente o apagão", afirmou Zylberstajn, em Salvador.
Ele também atirou farpas contra os advogados, juízes e desembargadores contrários às metas e às sobretaxas estipuladas pelo governo para economizar energia. Segundo o diretor-geral da ANP, "eles vivem em Marte".
"Se existisse uma mágica para fazer chover, esses juristas também seriam contra", disse Zylbersztajn, antes de participar de um seminário organizado por uma universidade baiana.
Entre os contrários à sobretaxa de 200% sobre o consumo acima de 500 kWh está o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio de Mello.
Segundo o diretor-geral da ANP, o presidente Fernando Henrique Cardoso procurou resolver o problema da "melhor forma possível". "Ele (FHC) não recorreu à Justiça para não atrapalhar."
David Zylbersztajn disse também que os apagões serão inevitáveis se a sociedade não contribuir para a redução do consumo de energia.
"A sociedade e a Justiça devem decidir o que é melhor neste momento. Para o governo, o melhor é a redução do consumo", disse o diretor-geral da ANP.
Diferentemente do que fez o presidente Fernando Henrique Cardoso _que responsabilizou dois ex-ministros ligados ao senador Antonio Carlos Magalhães pela crise_, o diretor-geral da ANP disse que não está preocupado em "olhar para o retrovisor para apontar os culpados".
"A crise tem de ser enfrentada de frente e com coragem. Nós fizemos um plano e o colocamos à disposição da sociedade. Se não der certo, as grandes cidades brasileiras ficarão sete horas por dia sem energia. Não há mais o que discutir."
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