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23/05/2001
-
09h44
PEDRO SOARES
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Os preços no mercado atacadista de energia podem explodir a partir de novembro se a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) conseguir emplacar uma proposta que esteve em audiência pública até o dia 15. O preço máximo pode ir a R$ 1.736 o mWh.
O valor representa o que a Aneel classifica como custo do déficit de energia elétrica. Ou seja, o teto para a venda no MAE (Mercado Atacadista de Energia) e a estimativa de até quanto seria necessário cobrar pela energia em período de crise de abastecimento.
Acima desse preço as negociações no MAE seriam interrompidas. O MAE funciona como uma espécie de Bolsa, em que quem tem energia de sobra vende para quem precisa comprar para abastecer seus clientes.
Hoje, o custo do déficit é de R$ 684 o mWh e leva à utilização dos recursos hídricos (reservatórios). O preço do MAE no Sudeste está em R$ 459,89. A expectativa é que encoste no valor atual do custo já a partir do próximo mês, quando começa o racionamento.
Pelo estudo da Aneel, seria incluído também no cálculo do custo do déficit o efeito da possibilidade de falta de energia sobre o crescimento do PIB.
No entanto a Aneel informa que a proposta, para entrar em vigor, depende da aprovação da Câmara de Gestão da Crise Energética, o ''ministério do apagão''.
Segundo o estudo da agência, o novo cálculo permitirá ''decisões mais ajustadas para produzir energia'', pois refletirá o impacto da restrição de energia na economia, para a formação do preço. Ou seja, poderá atrair investidores para obras de geração de energia por causa do preço mais alto.
A proposta de aumentar o custo do déficit é uma reivindicação antiga de empresas que têm excedente de energia e podem negociá-lo no MAE.
''Quem tem energia vende com alegria no MAE'', disse o diretor-executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia, Paulo Ludmer. Ele disse, no entanto, que nenhuma empresa representada pela entidade pode basear sua produção no preço da energia vendida no MAE. Isso porque representaria uma elevação significativa nos custos de produção.
Veja especial sobre a Crise Energética
Preço da energia no atacado pode explodir
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da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Os preços no mercado atacadista de energia podem explodir a partir de novembro se a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) conseguir emplacar uma proposta que esteve em audiência pública até o dia 15. O preço máximo pode ir a R$ 1.736 o mWh.
O valor representa o que a Aneel classifica como custo do déficit de energia elétrica. Ou seja, o teto para a venda no MAE (Mercado Atacadista de Energia) e a estimativa de até quanto seria necessário cobrar pela energia em período de crise de abastecimento.
Acima desse preço as negociações no MAE seriam interrompidas. O MAE funciona como uma espécie de Bolsa, em que quem tem energia de sobra vende para quem precisa comprar para abastecer seus clientes.
Hoje, o custo do déficit é de R$ 684 o mWh e leva à utilização dos recursos hídricos (reservatórios). O preço do MAE no Sudeste está em R$ 459,89. A expectativa é que encoste no valor atual do custo já a partir do próximo mês, quando começa o racionamento.
Pelo estudo da Aneel, seria incluído também no cálculo do custo do déficit o efeito da possibilidade de falta de energia sobre o crescimento do PIB.
No entanto a Aneel informa que a proposta, para entrar em vigor, depende da aprovação da Câmara de Gestão da Crise Energética, o ''ministério do apagão''.
Segundo o estudo da agência, o novo cálculo permitirá ''decisões mais ajustadas para produzir energia'', pois refletirá o impacto da restrição de energia na economia, para a formação do preço. Ou seja, poderá atrair investidores para obras de geração de energia por causa do preço mais alto.
A proposta de aumentar o custo do déficit é uma reivindicação antiga de empresas que têm excedente de energia e podem negociá-lo no MAE.
''Quem tem energia vende com alegria no MAE'', disse o diretor-executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia, Paulo Ludmer. Ele disse, no entanto, que nenhuma empresa representada pela entidade pode basear sua produção no preço da energia vendida no MAE. Isso porque representaria uma elevação significativa nos custos de produção.
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