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24/05/2001 - 19h43

Carro pode ficar mais caro com racionamento

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O racionamento deve elevar os custos de produção dos automóveis. Como o setor garante não ter mais como cortar custos, a diferença de preços será repassada para o consumidor.

Segundo o presidente do Sindipeças, Paulo Burtori, as empresas que tiverem de comprar energia nos leilões do MAE (Mercado Atacadista de Energia) gastarão mais para produzir. 'A cadeia produtiva já é muito enxuta. Não tem como absorver custos. Qualquer aumento tem de ser repassado.''

Mais cauteloso, o presidente da Anfavea, Celio Batalha, não quis fazer previsões negativas. 'Ainda é muito cedo para avaliar o impacto das medidas de racionamento para o setor.''

Segundo o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, as grandes indústrias, como montadoras e autopeças, poderão participar do leilões de compra e venda de energia do MAE (Mercado Atacadista de Energia). Nesse caso, aquelas que precisarem de mais energia para produzir podem comprar energia no atacado, e as que tiverem sobra, podem vender no leilão.

O problema é que o custo da energia no MAE é muito mais caro. No mês de maio o MAE está negociando energia pelo teto de R$ 459,89 mW/h. Para junho, a estimativa é que esse preço vá para R$ 684 mW/h.

A Anfavea não quis rever as metas de produção para este ano. Por enquanto, a associação mantém a projeção de produzir 1,9 milhão de veículos até dezembro de 2001.

A entidade também informou que é cedo para prever desemprego no setor por conta do racionamento. Mas Burtori disse que o nível de emprego só pode ser mantido com medidas de 'flexibilização'', como banco de horas.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, disse que as discussões sobre flexibilização ainda não foram iniciadas.

Marinho disse que o sindicato não pretende abrir mão de direitos trabalhistas, apesar da crise energética.

Uma das propostas do sindicato é a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários.

O Sindipeças, por outro lado, não aceita discutir a questão caso não haja redução proporcional de salários.

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