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25/05/2001
-
19h40
ALESSANDRA KORMANN
da Agência Folha
O governador do Piauí, Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa (PMDB), quer livrar o seu Estado do racionamento de energia.
O argumento é que o consumo no Estado representa apenas 0,5% do total do Brasil e que a média de consumo por habitante é de 110kWh/mês, quase a média de isenção nacional.
"Por culpa dos tecnocratas do governo FHC, que não planejam o futuro, o Piauí vai ser prejudicado", afirmou o governador, por meio de sua assessoria.
Segundo Mão Santa, o Piauí ainda está em fase inicial de industrialização, ao contrário de outros Estados, e pode perder investimentos e empregos que poderiam ser gerados.
"O Piauí é um Estado muito pobre, a maioria dos hospitais não tem nem gerador."
O secretário do Planejamento do Piauí, Cesar Fortes, afirma ainda que há cidades do Maranhão (que está em parte isento das medidas de controle) abastecidas pela Cepisa (Companhia Energética do Piauí). A parte do Maranhão que não vai entrar no racionamento, no entanto, recebe energia do sistema Norte.
"Não está havendo um tratamento igual entre os Estados", disse Fortes, que entregou quarta-feira um ofício à Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, solicitando a retirada do Piauí do racionamento.
"Os técnicos do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) estão estudando o caso", disse o presidente da usina hidrelétrica Itaipu Binacional, Euclides Scalco, que está atuando como coordenador de redução do consumo de energia no chamado "ministério do apagão".
"Só existe essa possibilidade de exclusão se houver alguma parte do Piauí que não é abastecida pelo sistema Nordeste, e sim pela usina de Tucuruí (do sistema Norte), por exemplo", afirmou Scalco.
"Se isso estiver acontecendo, essa parte do Estado ficará isenta das medidas da mesma forma que o Maranhão." Só deverá haver alguma definição do caso a partir da semana que vem.
Governador Mão Santa quer livrar Piauí do racionamento
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da Agência Folha
O governador do Piauí, Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa (PMDB), quer livrar o seu Estado do racionamento de energia.
O argumento é que o consumo no Estado representa apenas 0,5% do total do Brasil e que a média de consumo por habitante é de 110kWh/mês, quase a média de isenção nacional.
"Por culpa dos tecnocratas do governo FHC, que não planejam o futuro, o Piauí vai ser prejudicado", afirmou o governador, por meio de sua assessoria.
Segundo Mão Santa, o Piauí ainda está em fase inicial de industrialização, ao contrário de outros Estados, e pode perder investimentos e empregos que poderiam ser gerados.
"O Piauí é um Estado muito pobre, a maioria dos hospitais não tem nem gerador."
O secretário do Planejamento do Piauí, Cesar Fortes, afirma ainda que há cidades do Maranhão (que está em parte isento das medidas de controle) abastecidas pela Cepisa (Companhia Energética do Piauí). A parte do Maranhão que não vai entrar no racionamento, no entanto, recebe energia do sistema Norte.
"Não está havendo um tratamento igual entre os Estados", disse Fortes, que entregou quarta-feira um ofício à Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, solicitando a retirada do Piauí do racionamento.
"Os técnicos do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) estão estudando o caso", disse o presidente da usina hidrelétrica Itaipu Binacional, Euclides Scalco, que está atuando como coordenador de redução do consumo de energia no chamado "ministério do apagão".
"Só existe essa possibilidade de exclusão se houver alguma parte do Piauí que não é abastecida pelo sistema Nordeste, e sim pela usina de Tucuruí (do sistema Norte), por exemplo", afirmou Scalco.
"Se isso estiver acontecendo, essa parte do Estado ficará isenta das medidas da mesma forma que o Maranhão." Só deverá haver alguma definição do caso a partir da semana que vem.
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