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27/05/2001
-
10h53
da Folha de S. Paulo
São Paulo já começa a perder postos de trabalho e linhas de produção para as regiões Sul e Norte do país, menos de dez dias após o anúncio do plano de racionamento do governo. Estrela, Sadia, Tigre e Solectron, entre outras, estão na lista de companhias que adotaram essa estratégia.
A Fiesp, entidade que representa as indústrias paulistas, já satiriza o movimento. "Elas vão para lá sim, mas até que comece a faltar energia no Sul também", diz Pio Gavazzi, diretor da Fiesp. "E é bom que elas tenham um carrinho porque vão ter que trazer a fábrica de volta", afirma.
A posição da Fiesp não impediu a migração de linhas ou de vagas para outros Estados. A Estrela, que atua na área de brinquedos, deixará de criar 300 empregos na sua unidade da capital paulista. Irá abrir essas mesmas vagas na fábrica em Manaus (AM).
A Tigre, fabricante de conexões, pode mudar algumas de suas linhas de produtos de Rio Claro (SP) para Joinville (SC).
"Estamos vendo se dá para fazer isso com uma ou outra linha", diz Amauri Olsen, presidente do grupo. A empresa pensa ainda em trazer produtos das unidades no Paraguai e na Bolívia se não conseguir atender seus clientes com a produção em São Paulo.
As razões para as mudanças são as mesmas nos dois casos. Os Estados das regiões Norte e Sul estão fora do projeto do governo de economia de energia. Isso porque seus reservatórios registram bons níveis de água, usada na geração de eletricidade. Logo, essas regiões tornaram-se locais estratégicos para os grupos industriais.
Há rumores de que a Solectron -que produz componentes para 15 companhias, como Ericsson e IBM- deverá mandar linhas para a Amazônia. A empresa tem fábrica em Manaus (AM) e em Hortolândia e em São José dos Campos (SP) e estuda a hipótese de passar uma parte da produção de São Paulo para a Zona Franca.
A empresa não nega a informação e comunica, em nota, que irá "revisar os processos de produção na unidade de São Paulo".
Racionamento provoca demissões e assusta trabalhador
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São Paulo já começa a perder postos de trabalho e linhas de produção para as regiões Sul e Norte do país, menos de dez dias após o anúncio do plano de racionamento do governo. Estrela, Sadia, Tigre e Solectron, entre outras, estão na lista de companhias que adotaram essa estratégia.
A Fiesp, entidade que representa as indústrias paulistas, já satiriza o movimento. "Elas vão para lá sim, mas até que comece a faltar energia no Sul também", diz Pio Gavazzi, diretor da Fiesp. "E é bom que elas tenham um carrinho porque vão ter que trazer a fábrica de volta", afirma.
A posição da Fiesp não impediu a migração de linhas ou de vagas para outros Estados. A Estrela, que atua na área de brinquedos, deixará de criar 300 empregos na sua unidade da capital paulista. Irá abrir essas mesmas vagas na fábrica em Manaus (AM).
A Tigre, fabricante de conexões, pode mudar algumas de suas linhas de produtos de Rio Claro (SP) para Joinville (SC).
"Estamos vendo se dá para fazer isso com uma ou outra linha", diz Amauri Olsen, presidente do grupo. A empresa pensa ainda em trazer produtos das unidades no Paraguai e na Bolívia se não conseguir atender seus clientes com a produção em São Paulo.
As razões para as mudanças são as mesmas nos dois casos. Os Estados das regiões Norte e Sul estão fora do projeto do governo de economia de energia. Isso porque seus reservatórios registram bons níveis de água, usada na geração de eletricidade. Logo, essas regiões tornaram-se locais estratégicos para os grupos industriais.
Há rumores de que a Solectron -que produz componentes para 15 companhias, como Ericsson e IBM- deverá mandar linhas para a Amazônia. A empresa tem fábrica em Manaus (AM) e em Hortolândia e em São José dos Campos (SP) e estuda a hipótese de passar uma parte da produção de São Paulo para a Zona Franca.
A empresa não nega a informação e comunica, em nota, que irá "revisar os processos de produção na unidade de São Paulo".
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