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28/05/2001 - 19h41

Crise energética pode beneficiar produtores de alumínio e aço argentinos

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ROGÉRIO WASSERMANN
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A crise energética brasileira poderá ser benéfica às empresas produtoras de alumínio e aço argentinas, de acordo com uma análise feita pelo BBVA Banco Francês, que recomenda a compra de ações das indústrias metalúrgicas argentinas Aluar, Acindar e Siderar.

O banco também sugere a compra de ações da montadora Renault, que poderia ser beneficiada por uma queda na produção de veículos na filial brasileira de até 130 mil veículos.

A indústria de alumínio é uma das mais afetadas pela crise energética, por necessitar de grandes quantidades de energia para sua produção. A fabricação de uma única latinha de alumínio, por exemplo, demanda energia suficiente para manter ligada uma televisão por três horas. A energia representa cerca de 30% do custo de produção do alumínio.

A produção de aço deve ser igualmente afetada pela crise. De acordo com um estudo da consultoria Argentine Research, a eventual redução de 20% na produção deve representar uma perda de aproximadamente US$ 890 milhões para o setor. O Brasil compra atualmente 7% da produção de aço argentina.

Queda nas exportações
Apesar de trazer boas perspectivas para a indústria siderúrgica argentina, a crise energética brasileira poderá gerar perdas de quase US$ 1 bilhão nas exportações da Argentina para o Brasil, por conta de uma expansão econômica menor que a esperada.

No ano passado, o Brasil importou US$ 6,8 bilhões da Argentina. Segundo um informe da consultoria Ecolatina, um crescimento de cerca de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, como previsto inicialmente, poderia gerar um aumento de 22% nas exportações para o Brasil (a US$ 8,5 bilhões).

Com a provável redução na expectativa de crescimento, as exportações aumentariam a uma taxa menor, de 8% a 11%, segundo a Ecolatina, se o crescimento do PIB brasileiro ficar entre 2% e 2,5%.
 

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