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30/05/2001 - 17h56

Analista aposta que leilão da Copene será adiado

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online,/B>

O leilão do controle acionário da Copene (Companhia Petroquímica do Nordeste), marcado para o dia 12 de junho, deverá ser adiado mais uma vez devido à demora na divulgação do edital.

A divulgação tem de ocorrer, pelo menos, dez dias antes do leilão. A expectativa é do analista da corretora Pentágono, Marcelo Ribeiro.

O edital deve ocorrer até a próxima sexta-feira para manter o leilão no dia 12 de junho.

Hoje o diretor do Banco Central, Carlos Eduardo de Freitas, deu declarações sugerindo que o edital não seria divulgado esta semana.

Na avaliação do analista, a disposição da Suzano de vender agora seus ativos no pólo petroquímico de Camaçari (BA) pressiona o Banco Central a realizar o leilão do controle da Copene (Companhia Petroquímica do Nordeste) em outra data no mesmo mês.

"O BC quer se livrar logo desse abacaxi", diz Ribeiro.

A Conepar, braço de participações acionárias do grupo Econômico, sob interveção do BC, tem o direito de preferência na compra dos ativos da Suzano em Camaçari, podendo exercê-lo em 60 dias.

Esses ativos da Suzano são: 8,5% do capital votante da Norquisa, holding que controla a Copene, via Polipar, além de 35% do capital votante na Politeno, fabricante de resinas.

Seus sócios, os grupos japoneses Itochu e Sumitomo, possuem 30% na Politeno, fatia ofertada em conjunto com a Suzano.

A Suzano pode levar US$ 54 milhões pela sua fatia (8,5%) na Norquisa, holding que controla a Copene (Companhia Petroquímica Nordeste), via Polipar. Esse valor, que começou a circular no mercado, é considerado muito alto, segundo o analista da corretora Pentágono, Marcelo Ribeiro.

"Isso resultaria em uma avaliação da Norquisa de US$ 530 milhões", diz.

Já as participações na Politeno (35% da Suzano e 30% dos sócios japoneses Itochu e Sumitomo), também colocadas à venda, são avaliadas em US$ 260 milhões.

"A dúvida é saber se os dois ativos são ser ofertados separados ou em bloco", afirma o analista.

Entre os interessados nesses ativos, ele cita o grupo Ultra e o consórcio Mariani/Odebrecht.

Sobre o apetite de grupos estrangeiros, como a norte-americana Dow Química e a alemã Basf, Ribeiro diz que eles poderiam se interessar por esses ativos no futuro, pois estão sentindo o peso da alta do preço do gás na costa do Golfo, devido à crise energética nos EUA.

"Elas estão motivadas a buscar plantas industriais movidas a petróleo, em vez de gás", diz.
 

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