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31/05/2001
-
13h06
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Os efeitos negativos da crise de energia já começam a prejudicar o lado mais fraco da sociedade: os desempregados. Levantamento feito pelo Centro de Solidariedade da Força Sindical mostra que o número de ofertas de emprego de maio caiu 41% em relação a abril.
No mês passado, o centro tinha um cadastro com cerca de 7.500 vagas diárias de emprego. Em maio, a oferta caiu para 4.400 vagas.
Segundo o coordenador do Centro de Solidariedade, Tadeu Morais de Souza, a redução da oferta de emprego é reflexo direto da crise de energia.
"Em momentos de crise, as empresas congelam a programação de contratação de pessoal. Isso prejudica quem está desempregado. Se a situação piora, quem sai perdendo são os empregados, pois os empresários começam a demitir", disse o coordenador do centro.
O Centro de Solidariedade é uma espécie de mega-agência de emprego da Força Sindical. Custeado com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o centro oferece serviços de intermediação de mão-de-obra, recebe pedidos de seguro-desemprego, dá cursos de qualificação profissional e apoio às micro e pequenas empresas.
Pesquisa do centro, mostra que os setores que mais reduziram s oferta de vagas foram as pequenas empresas (14%) e o comércio (13,5%). No mês passado, as pequenas empresas ofereceram 5.119 vagas em média. Em maio, a oferta caiu para 4.363 vagas. Já o comércio reduziu de 2.069 para 1.789 o número médio de ofertas de emprego.
A redução do número de emprego em oferta no Centro de Solidariedade reforça a previsão feita pelo Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), de que o setor vai congelar a geração de 150 mil vagas que seriam criadas este ano.
Segundo o presidente do Simpi, Joseph Couri, a estimativa de criação de 150 mil novos postos de trabalho no setor até o final do ano estava baseada numa expectativa de crescimento de 7%. 'A crise de energia está nos obrigando a rever toda e qualquer previsão de crescimento. Se fecharmos o ano com um crescimento de 1% a 1,5% já será excelente.''
As 157 mil micro e pequenas são responsáveis pelo emprego de 912 mil pessoas em todo Estado de São Paulo.
funcionários das 157 mil micro e pequenas indústrias existentes no Estado.
Mas é no segundo semestre do ano que a coisa pode ficar feia mesmo. Os especialistas em emprego acreditam que a redução das perspectivas de crescimento da economia por conta da crise de energia deve alterar o cenário de emprego para o segundo semestre do ano.
Segundo o diretor-técnico do Dieese, Sérgio Mendonça, o segundo semestre é tradicionalmente um período de aquecimento da economia e crescimento do emprego. "Neste ano, além dos fatores macroeconômicos, como juros e câmbio, temos um novo elemento que pode mudar essa tendência."
Veja especial sobre a Crise Energética
Crise já prejudica desempregados; cai em 41% ofertas de emprego
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da Folha Online
Os efeitos negativos da crise de energia já começam a prejudicar o lado mais fraco da sociedade: os desempregados. Levantamento feito pelo Centro de Solidariedade da Força Sindical mostra que o número de ofertas de emprego de maio caiu 41% em relação a abril.
No mês passado, o centro tinha um cadastro com cerca de 7.500 vagas diárias de emprego. Em maio, a oferta caiu para 4.400 vagas.
Segundo o coordenador do Centro de Solidariedade, Tadeu Morais de Souza, a redução da oferta de emprego é reflexo direto da crise de energia.
"Em momentos de crise, as empresas congelam a programação de contratação de pessoal. Isso prejudica quem está desempregado. Se a situação piora, quem sai perdendo são os empregados, pois os empresários começam a demitir", disse o coordenador do centro.
O Centro de Solidariedade é uma espécie de mega-agência de emprego da Força Sindical. Custeado com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o centro oferece serviços de intermediação de mão-de-obra, recebe pedidos de seguro-desemprego, dá cursos de qualificação profissional e apoio às micro e pequenas empresas.
Pesquisa do centro, mostra que os setores que mais reduziram s oferta de vagas foram as pequenas empresas (14%) e o comércio (13,5%). No mês passado, as pequenas empresas ofereceram 5.119 vagas em média. Em maio, a oferta caiu para 4.363 vagas. Já o comércio reduziu de 2.069 para 1.789 o número médio de ofertas de emprego.
A redução do número de emprego em oferta no Centro de Solidariedade reforça a previsão feita pelo Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), de que o setor vai congelar a geração de 150 mil vagas que seriam criadas este ano.
Segundo o presidente do Simpi, Joseph Couri, a estimativa de criação de 150 mil novos postos de trabalho no setor até o final do ano estava baseada numa expectativa de crescimento de 7%. 'A crise de energia está nos obrigando a rever toda e qualquer previsão de crescimento. Se fecharmos o ano com um crescimento de 1% a 1,5% já será excelente.''
As 157 mil micro e pequenas são responsáveis pelo emprego de 912 mil pessoas em todo Estado de São Paulo.
funcionários das 157 mil micro e pequenas indústrias existentes no Estado.
Mas é no segundo semestre do ano que a coisa pode ficar feia mesmo. Os especialistas em emprego acreditam que a redução das perspectivas de crescimento da economia por conta da crise de energia deve alterar o cenário de emprego para o segundo semestre do ano.
Segundo o diretor-técnico do Dieese, Sérgio Mendonça, o segundo semestre é tradicionalmente um período de aquecimento da economia e crescimento do emprego. "Neste ano, além dos fatores macroeconômicos, como juros e câmbio, temos um novo elemento que pode mudar essa tendência."
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