Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
31/05/2001 - 19h43

Trabalhadores e empresários criam "ministério paralelo" do apagão

Publicidade

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

As centrais sindicais e vários setores empresariais criaram hoje a câmara da sociedade civil para combater a crise energética. A câmara funcionará como um "ministério paralelo" do apagão.

O ministério paralelo será formado por 18 pessoas, sendo três representantes de cada entidade e de setores empresariais: CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, setor de serviços, de comércio e de indústria.

Segundo o presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, a câmara tem o objetivo de resolver um problema muito mais importante do que qualquer assunto ecoconômico: o emprego.

"Estamos preocupados não só com o comprometimento dos empregos futuros, que já foram afetados, mas também pensando em como garantir os empregos atuais."

O ministério paralelo do apagão espera levar, no prazo de cinco dias, uma pauta conjunta para ser discutida dentro da Câmara de Gestão da Crise de Energia.

Neste meio tempo, seus integrantes tentarão resolver as divergências existentes no grupo.

Segundo Piva, o comitê da sociedade só levará para Brasília reivindicações que são convergentes.

Entre os pontos divergentes está a redução de salário e de emprego. Centrais sindicais não concordam com redução de salário. Empresários não topam falar de redução de jornada sem corte de salário.

Outro ponto que ainda deve gerar briga no ministério paralelo do apagão são as posições divergentes entre CUT e Força Sindical. A Força quer participar ativamente como membro da Câmara de Gestão da Crise de Energia, presidida pelo ministro Pedro Parente.

Mas a CUT não aceita de jeito nenhum participar dessa câmara. 'Essa câmara já mostrou que não sabe lidar com a crise energética. Somos nós que temos de nos unir e resolver o assunto'', disse o secretário-geral da CUT, Carlos Alberto Grana.

Se depender de Piva, a Fiesp também descarta ter uma cadeira na câmara de Parente. 'A união de todas as centrais e de todos os empresários já é forte o suficente para impor nossa posição na câmara.''

  • Veja especial sobre a Crise Energética
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página