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13/06/2001 - 07h45

Mercado inicia projeções sobre juros; FHC encontra Cavallo

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

À véspera do feriado de Corpus Christi, o mercado brasileiro começa a firmar projeções sobre a trajetória das taxas de juros básicos, a serem definidas nas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), na próxima quarta-feira, e do Fed (Federal Reserve), no próximo dia 27.

No Brasil, ganha força a aposta de que o Banco Central vai manter a taxa Selic em 16,75% ao ano. A decisão do Copom depende, no entanto, de dados confiáveis sobre o impacto da crise energética no nível de atividade. O problema é a falta de estudos seguros sobre os efeitos da racionamento.

Nos EUA, faltando ainda duas semanas para a reunião do Fed, a maioria dos economistas fala no sexto corte dos juros do ano, de 4% para 3,75%. Hoje, às 9h30, saem os dados de vendas no varejo em maio. Às 15h, é a vez da divulgação do ''Livro Bege'', relatório sobre as condições da economia.

À espera de indicadores relevantes para definir um tendência a médio e longo prazo, o mercado brasileiro vive hoje um dia de vencimento do Ibovespa futuro na BM&F. Na próxima segunda-feira, é a vez do vencimento de contratos de opções.

As ações da Embraer voltam a movimentar os negócios com o anúncio de sua oferta secundária. Ontem, tiveram forte valorização, encerrando com alta de 5,79% (preferenciais) e de 5,62% (ordinárias), cotadas a R$ 23,79 e R$ 18,60 o lote de mil, respectivamente. Até o fechamento do pregão, o preço das ações PN para a oferta secundária não tinha sido divulgado.

Em Brasília, o destaque é a visita do ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, que deve se reunir com o presidente Fernando Henrique Cardoso e os ministros Pedro Malan (Fazenda) e Alcides Tápias (Desenvolvimento). No cardápio, estão a redução da TEC (Tarifa Externa Comum) para os bens de informática e o futuro do Mercosul em clima de flerte da Argentina com os EUA.

No setor industrial, o mercado acompanha o leilão de três lotes de linhas de transmissão, marcado para 10h, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Três empresas (Cemig, Copel e Pem Engenharia) e dois consórcios (Inter-Expansion e Earth Tech-Cemig) depositaram, ontem, garantias.

A crise energética ainda domina a pauta. Hoje o governo anuncia a inclusão da região Norte no plano de racionamento de energia. O corte deverá ser de 15%, a partir do dia 1º de julho.

Já a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) divulga um balanço dos efeitos do racionamento de energia para o setor industrial, recheado de críticas aos cortes de energia.

No meio jurídico, as atenções se voltam para o STF (Supremo Tribunal Federal), que pode soltar hoje, à tarde, o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, preso desde dezembro na Custódia da Polícia Federal, acusado de envolvimento no desvio de verba da obra do Fórum Trabalhista de São Paulo. O ministro do STF Sepúlveda Pertence, relator do processo, é favorável à libertação de Nicolau.

Há ainda a expectativa sobre o julgamento pelo STF da ação declaratória de constitucionalidade da medida provisória do racionamento de energia, mas a previsão é que o assunto só entre na pauta na próxima semana.

A Bovespa recuou ontem 0,33%, a terceira queda consecutiva, com 15.173 pontos, com volume financeiro de R$ 639,371 milhões. O dólar comercial bateu mais um recorde de valorização desde o Plano Real, em alta de 1,17%, vendido a R$ 2,408.

 

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