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18/06/2001
-
08h13
ALEXANDRO MARTELLO
da Folha Online, em Brasília
A reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) voltará a concentrar a atenção do mercado nesta semana. O encontro está marcado para amanhã e quarta-feira, quando será anunciada a decisão.
A diretoria do BC vai decidir se aumentará novamente a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic), hoje em 16,75% ao ano. Nas últimas três reuniões, o BC aumentou a Selic em 1,5 ponto percentual.
Os analistas de mercado estão divididos entre manutenção ou um novo aumento na taxa Selic. Alguns acreditam que o BC não promoverá outra elevação nos juros para evitar uma freada mais forte no crescimento do país, que já terá reflexos do racionamento de energia elétrica. No entanto, outros economistas apostam em nova alta devido à taxa de câmbio, que continua subindo, e aos impactos da crise energética na inflação.
O economista-chefe do Santos Asset Management, Rogério Mori, aposta na manutenção da taxa de juros. Para ele, a economia já está desaquecida. Além disso, ele argumenta que uma nova elevação dos juros não teria mais efeito a curto prazo para segurar a inflação dentro da meta anual do governo (4% com variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo). ''Elevar a Selic só tem efeito nos índices de inflação de seis a nove meses'', disse.
Também acontecerá nesta semana, na quinta e na sexta-feira, mais um Encontro de Cúpula do Mercosul. O evento ocorrerá em Assunção (Paraguai) e contará com a presença dos presidentes e ministros de Economia dos quatro países membros (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina) além de Chile e Equador.
Entre os temas em debate estará a TEC (Tarifa Externa Comum). A Argentina pede que a TEC seja reestruturada para que a indústria do país ganhe mais competitividade.
Outro evento desta semana é a divulgação, pelo diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, da nota sobre juros e ''spread'' bancário referente ao mês de maio. Os dados serão levados a público amanhã, provavelmente às 11h30.
A Secretaria do Tesouro Nacional e o Banco Central também devem divulgar nesta semana, provavelmente na quarta ou quinta-feira, nota sobre a evolução da dívida pública no mês passado.
Mercado, dividido, espera decisão do Copom sobre juros
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da Folha Online, em Brasília
A reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) voltará a concentrar a atenção do mercado nesta semana. O encontro está marcado para amanhã e quarta-feira, quando será anunciada a decisão.
A diretoria do BC vai decidir se aumentará novamente a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic), hoje em 16,75% ao ano. Nas últimas três reuniões, o BC aumentou a Selic em 1,5 ponto percentual.
Os analistas de mercado estão divididos entre manutenção ou um novo aumento na taxa Selic. Alguns acreditam que o BC não promoverá outra elevação nos juros para evitar uma freada mais forte no crescimento do país, que já terá reflexos do racionamento de energia elétrica. No entanto, outros economistas apostam em nova alta devido à taxa de câmbio, que continua subindo, e aos impactos da crise energética na inflação.
O economista-chefe do Santos Asset Management, Rogério Mori, aposta na manutenção da taxa de juros. Para ele, a economia já está desaquecida. Além disso, ele argumenta que uma nova elevação dos juros não teria mais efeito a curto prazo para segurar a inflação dentro da meta anual do governo (4% com variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo). ''Elevar a Selic só tem efeito nos índices de inflação de seis a nove meses'', disse.
Também acontecerá nesta semana, na quinta e na sexta-feira, mais um Encontro de Cúpula do Mercosul. O evento ocorrerá em Assunção (Paraguai) e contará com a presença dos presidentes e ministros de Economia dos quatro países membros (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina) além de Chile e Equador.
Entre os temas em debate estará a TEC (Tarifa Externa Comum). A Argentina pede que a TEC seja reestruturada para que a indústria do país ganhe mais competitividade.
Outro evento desta semana é a divulgação, pelo diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, da nota sobre juros e ''spread'' bancário referente ao mês de maio. Os dados serão levados a público amanhã, provavelmente às 11h30.
A Secretaria do Tesouro Nacional e o Banco Central também devem divulgar nesta semana, provavelmente na quarta ou quinta-feira, nota sobre a evolução da dívida pública no mês passado.
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