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11/07/2001 - 08h36

Autoridades avaliam ultimato a Cavallo como erro

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Autoridades brasileiras consideraram um erro estratégico o Itamaraty ter suspendido negociações com a Argentina em torno da TEC (Tarifa Externa Comum) e do setor automotivo. Esse foi um dos motivos que levaram o governo a mudar o tom do seu discurso em relação à Argentina.

Na semana passada, o secretário-geral do Itamaraty, Luiz Felipe de Seixas Corrêa, cancelou reuniões bilaterais para pressionar os argentinos a reverem uma medida que prejudicava os exportadores brasileiros.

Para integrantes do governo, a reação brasileira criou uma situação difícil para o ministro da Economia argentino, Domingo Cavallo, voltar atrás.

Segundo disse à Folha de S.Paulo um importante negociador brasileiro, uma das regras de ouro da diplomacia é nunca deixar o adversário numa situação em que rever uma medida seja uma derrota humilhante.

Esse foi exatamente a situação em que o Itamaraty colocou Cavallo. O ministro argentino, que até agora não deu sinais de que estaria disposto a mudar de posição, ficaria constrangido se aceitasse o ultimato brasileiro.

Outra crítica feita à posição inicial do Itamaraty foi ter respondido a um problema comercial com um retaliação político-diplomática. O problema entre os dois países era, inicialmente, uma briga entre alguns setores industriais.

Ao suspender as negociações, a disputa setorial contaminou outras questões da relação entre os dois parceiros que começavam a se encaminhar de maneira positiva: maior liberação do comércio de carros no Mercosul e uma revisão da Tarifa Externa Comum.

Leia mais no especial sobre Argentina

 

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