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11/07/2001 - 18h26

Prefeitos sugerem medidas para diminuir efeitos do apagão

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

Os prefeitos dos cerca de 5.500 municípios brasileiros querem linhas de financiamento de crédito para diminuir os efeitos do racionamento e de um possível apagão nas cidades.

A Frente Nacional dos Prefeitos apresentou um conjunto de medidas hoje à tarde ao presidente Fernando Henrique Cardoso, ao ministro do 'apagão'', Pedro Parente (chefe da Casa Civil) e ao coordenador do plano emergencial de racionamento, Euclides Scalco.

Eles querem a liberação de recursos a partir do Ministério da Justiça para que as prefeituras possam reforçar suas guardas municipais ou as policias estaduais em locais sem iluminação.

Também foi pedida a criação de um limite extra por parte do Conselho Monetário Nacional para que os municípios possam acessar recursos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Esta medida, segundo o presidente da frente, Tarso Genro (prefeito de Porto Alegre), reduziria a perda de capacidade de investimentos prevista, por causa da crise de energia e da redução da arrecadação.

Além disso, os prefeitos pediram a abertura imediata de crédito direto junto à Caixa Econômica Federal, a partir dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), para viabilizar a recuperação da capacidade de investimento das cidades, financiamentos para o setor privado de serviços, para o fornecimento independente de energia elétrica à atividades fundamentais para o serviço público e a ampliação das linhas de crédito já existentes para a otimização energética, na prestação do serviço de iluminação pública e no serviço dos próprios municípios.

A Frente Nacional dos Prefeitos solicitou ainda a possibilidade de intervenção por parte dos municípios na busca de novas formas alternativas de geração de energia, com uso, por exemplo, de energia solar, de biomassa e eólica.

Tarso Genro afirmou que dados do IBGE referentes à maio, apontaram uma queda de 1,5% na produção industrial do país em relação ao mês anterior. Os prefeitos atribuem esta redução ao racionamento de energia. Eles manifestaram a FHC a preocupação com o aumento do desemprego nas cidades, a questão da segurança pública, a queda na arrecadação e a diminuição do ritmo de novos investimentos. Tudo isso seria consequência das medidas de racionamento.

Na saída do encontro com FHC, os prefeitos disseram que o governo ficou de estudar as sugestões e discuti-las numa reunião da Câmara de Gestão da Crise de Energia (ministério do 'apagão') na próxima semana.

Leia mais no especial sobre Crise Energética
 

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