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28/07/2001 - 22h30

Apoio dos países do Mercosul à Argentina é fundamental, diz FHC

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da Folha Online

O apoio integral do Mercosul às medidas propostas pelo presidente da Argentina, Fernando de La Rúa, para alcançar o chamado déficit zero é fundamental para manter o fortalecimento do bloco do Cone Sul.

A avaliação foi feita hoje pelo presidente Fernando Henrique Cardoso após reunião com os presidentes Fernando de La Rúa (Argentina), Jorge Battle (Uruguai) e Luiz González Macchi (Paraguai), que também foram a Lima para participar da solenidade de posse do presidente do Peru, Alejandro Toledo.

Para FHC, é preciso que todos entendam que a recuperação do país vizinho é importante para que o Mercosul continue a negociar unido com outros países e blocos econômicos.

"Para nós brasileiros, paraguaios, uruguaios, chilenos, a Argentina é muito importante. Nós estamos todos torcendo por ela. Quem pensa o contrário está pensando contra o Brasil", afirmou.

A polêmica em torno de decisões unilaterais adotadas pelos parceiros do Mercosul parece estar com os dias contados. Hoje, os chanceleres dos quatro países reuniram-se para conversar e definir uma espécie de compatibilização que evite medidas que possam enfraquecer o bloco e prejudicar negociações futuras.

FHC assegurou que todos os presidentes reconheceram que houve situações de fato que levaram os países a adotar medidas que desrespeitavam as normas do comércio intrabloco, mas que o importante agora é trabalhar para que a legislação do Mercosul evite que isso ocorra novamente.

"Como vamos compatibilizar estas situações que levaram alguns países a furar a TEC (Tarifa Externa Comum), adotada para importações no bloco? Eles fizeram isso e agora vamos voltar a ter uma disciplina mais rígida, porque estamos negociando com a União Européia e precisamos nos apresentar unidos", enfatizou o presidente.

FHC não quis fazer comentários sobre a crise interna da Argentina, nem dar opiniões sobre a possibilidade de desvalorização da moeda portenha (peso), a exemplo do que ocorreu no Brasil. "Os argentinos é que têm que dizer isto. Eu não. Imagina se fosse perguntado ao presidente da Argentina sua opinião sobre a desvalorização do nosso câmbio. Eu não tenho que dizer nada sobre isso, aliás eu não desvalorizei o câmbio. No caso do Brasil, quem desvalorizou foi o mercado", afirmou.

Apesar da forte reação popular contra as medidas propostas pelo presidente argentino (que incluem o corte em salários e aposentadorias para reduzir o déficit fiscal e a dívida pública), FHC demonstrou otimismo sobre a aprovação do pacote do país. Ele disse que achou o presidente vizinho mais tranquilo em relação ao assunto e avaliou que, caso o pacote seja rejeitado, haverá uma sinalização negativa no país, mas isso não será nenhum desastre.

"O presidente da Argentina tem poderes, como eu tenho, das medidas provisórias, só que com um nome diferente. Mas ele pode, até com muito mais amplitude do que eu, porque eu não posso mexer em tributos e ele pode. De modo que se o Senado não compuser uma maioria, ele tem recursos para aprovar as medidas".

As informações são da Agência Brasil.
 

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