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01/08/2001 - 07h15

Residências poupam 38% de energia em junho, quase o dobro da meta

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HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Os consumidores residenciais reduziram seus gastos com energia elétrica em aproximadamente 38% em junho, segundo avaliações preliminares do "ministério do apagão". A redução no primeiro mês de racionamento ficou bem acima da meta de 20%.

De acordo com a área técnica, o consumo de junho está sendo fechado só agora pelas distribuidoras, com o pagamento das contas que chegaram em julho. Em junho, a redução de consumo foi de 19% no Sudeste e Centro-Oeste e de 19,7% no Nordeste.

A maior contribuição das residências não foi suficiente para atingir a meta porque os outros tipos de consumidores (indústria, comércio, prédios públicos, propriedades rurais e iluminação pública) gastaram acima das suas respectivas metas de consumo.

Os consumidores residenciais representam aproximadamente 30% do mercado. Segundo avaliação preliminar do governo, várias indústrias, cujas metas de redução de consumo variam de 15% a 25%, consumiram acima da meta.

O balanço dos dois primeiros meses de racionamento deverá indicar uma economia média de aproximadamente 20,4% no Sudeste e Centro-Oeste e 20,5% no Nordeste.

Até segunda-feira, a redução em julho estava em 21,8% no Sudeste e Centro-Oeste e em 21,3% no Nordeste. A economia serve para manter a queda do nível de água dos reservatórios dentro do previsto até o final de novembro.

De acordo com a última previsão do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a redução do nível dos reservatórios das hidrelétricas deverá ficar dentro do previsto em agosto. Para o fim deste mês, a previsão é de reservatórios com 23,76% de sua capacidade no Sudeste e Centro-Oeste e com 17,37% no Nordeste.

Pelos cálculos do ONS, era esperado um nível de 20,4% no Sudeste e Centro-Oeste e 15,9% no Nordeste. Ou seja, até o final de agosto o nível dos reservatórios estará 3,36 pontos percentuais acima do previsto no Sudeste e Centro-Oeste e 1,47 ponto acima no Nordeste.

Quando esse nível ficar abaixo do previsto, a partir de um percentual a ser definido pelo "ministério do apagão", serão adotados os feriados às sextas-feiras para evitar o corte de luz.

O "ministério do apagão" considera um sucesso a primeira fase do racionamento e conta com campanha publicitária que começa neste mês _com testemunhos de pessoas e empresas que reduziram o consumo_ para manter a população economizando.

A verba da campanha é de R$ 10 milhões e será retirada do orçamento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

A única região que não está economizando energia como deveria é o Norte abastecido pela hidrelétrica de Tucuruí (leste do Pará, partes do Maranhão e do Tocantins, segundo classificação do ONS). Nessa região, a economia acumulada em julho é de 10%, quando a meta é de 15%.

Como os resultados no Norte estão insatisfatórios, essa região deverá ter de economizar os mesmos 20% exigidos no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

Leia mais no especial sobre Crise Energética
 

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