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10/08/2000
-
17h51
ISABEL CLEMENTE
da Folha de S. Paulo, no Rio de Janeiro
O advogado José Carlos Fragoso, que defende Salvatore Cacciola, dono do banco Marka, disse que o banqueiro está morando no exterior. Fragoso afirmou que informará à Justiça, na segunda-feira, o novo endereço de seu cliente.
O advogado pretende provar que seu cliente não pode ser considerado um foragido da Justiça, porque teria se mudado do país num momento em que não havia ordem de prisão contra ele.
"O novo endereço foi estabelecido antes de a prisão ser decretada", afirmou.
Apesar da afirmação, Fragoso disse que ainda não recebeu a informação sobre o novo endereço de Cacciola, o que lhe seria passado, segundo ele, ainda nesta quinta.
O advogado não descarta a hipótese de Cacciola estar na Itália, já que também é cidadão italiano. Ao ser perguntado se seu cliente poderia estar morando lá, respondeu: "é possível".
Foragido
Cacciola ficou detido por 37 dias numa prisão especial no Rio. Beneficiado por uma liminar concedida pelo então presidente interino do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio, no dia 14 de julho, o banqueiro foi solto.
Quando o presidente do STF, Carlos Velloso, reassumiu o cargo, cinco dias depois, restabeleceu a prisão preventiva. No dia 20 de julho, a Polícia Federal já não encontrou o banqueiro em seu endereço e, desde então, ele é considerado foragido da Justiça.
Fragoso afirmou que entregará à Justiça provas documentais de que Cacciola deixou o país enquanto estava livre. A liminar que o soltou não estabeleceu restrições a viagens ao exterior.
Demônio da nação
O procurador da República Artur Gueiros disse que, uma vez informado do paradeiro de Cacciola, o governo deverá pedir a extradição do banqueiro imediatamente. Como a Itália não extradita seus cidadãos, Gueiros disse que a alternativa, na impossibilidade de a Justiça brasileira trazer Cacciola de volta ao país, é a reprodução de um processo criminal contra ele na Itália.
Fragoso disse que irá recorrer ao STJ da decisão da 3ª Turma do TRF (Tribunal Regional Federal) do Rio, que na terça-feira decidiu por unanimidade manter a prisão preventiva do banqueiro.
"Cacciola virou o demônio da nação, enquanto os responsáveis pela operação, sobre a qual ele não decidiu, podem responder em liberdade, sem ter o telefone grampeado, como deve ser, afinal. Isso tudo só atrapalha a defesa", afirmou o advogado, pouco antes de deixar o prédio da Justiça Federal, onde foram tomados os depoimentos da diretora de Fiscalização do BC, Tereza Grossi, e do assessor do banco Alexandre Pundek.
Grossi e Pundek são dois dos treze réus indiciados por supostos crimes na operação de socorro do Banco Central aos bancos Marka e FonteCindam, em janeiro do ano passado, época da desvalorização do real. Segundo o Ministério Público, a operação deu um prejuízo de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos.
Trabalhador ganha correção nos planos Verão e Collor 1
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escreve CLÓVIS ROSSI
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Advogado entrega na 2ª feira novo endereço de Cacciola
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da Folha de S. Paulo, no Rio de Janeiro
O advogado José Carlos Fragoso, que defende Salvatore Cacciola, dono do banco Marka, disse que o banqueiro está morando no exterior. Fragoso afirmou que informará à Justiça, na segunda-feira, o novo endereço de seu cliente.
O advogado pretende provar que seu cliente não pode ser considerado um foragido da Justiça, porque teria se mudado do país num momento em que não havia ordem de prisão contra ele.
"O novo endereço foi estabelecido antes de a prisão ser decretada", afirmou.
Apesar da afirmação, Fragoso disse que ainda não recebeu a informação sobre o novo endereço de Cacciola, o que lhe seria passado, segundo ele, ainda nesta quinta.
O advogado não descarta a hipótese de Cacciola estar na Itália, já que também é cidadão italiano. Ao ser perguntado se seu cliente poderia estar morando lá, respondeu: "é possível".
Foragido
Cacciola ficou detido por 37 dias numa prisão especial no Rio. Beneficiado por uma liminar concedida pelo então presidente interino do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio, no dia 14 de julho, o banqueiro foi solto.
Quando o presidente do STF, Carlos Velloso, reassumiu o cargo, cinco dias depois, restabeleceu a prisão preventiva. No dia 20 de julho, a Polícia Federal já não encontrou o banqueiro em seu endereço e, desde então, ele é considerado foragido da Justiça.
Fragoso afirmou que entregará à Justiça provas documentais de que Cacciola deixou o país enquanto estava livre. A liminar que o soltou não estabeleceu restrições a viagens ao exterior.
Demônio da nação
O procurador da República Artur Gueiros disse que, uma vez informado do paradeiro de Cacciola, o governo deverá pedir a extradição do banqueiro imediatamente. Como a Itália não extradita seus cidadãos, Gueiros disse que a alternativa, na impossibilidade de a Justiça brasileira trazer Cacciola de volta ao país, é a reprodução de um processo criminal contra ele na Itália.
Fragoso disse que irá recorrer ao STJ da decisão da 3ª Turma do TRF (Tribunal Regional Federal) do Rio, que na terça-feira decidiu por unanimidade manter a prisão preventiva do banqueiro.
"Cacciola virou o demônio da nação, enquanto os responsáveis pela operação, sobre a qual ele não decidiu, podem responder em liberdade, sem ter o telefone grampeado, como deve ser, afinal. Isso tudo só atrapalha a defesa", afirmou o advogado, pouco antes de deixar o prédio da Justiça Federal, onde foram tomados os depoimentos da diretora de Fiscalização do BC, Tereza Grossi, e do assessor do banco Alexandre Pundek.
Grossi e Pundek são dois dos treze réus indiciados por supostos crimes na operação de socorro do Banco Central aos bancos Marka e FonteCindam, em janeiro do ano passado, época da desvalorização do real. Segundo o Ministério Público, a operação deu um prejuízo de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos.
PENSATA: "A proposta da renda mínima virou lenda?",
escreve CLÓVIS ROSSI
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