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13/08/2001
-
09h51
CAROLINA MANDL
da Folha de S.Paulo
Se você gosta de se aventurar em um bungee jump, saltar de pára-quedas ou jogar uma pelada, é bom ficar atento. Seu seguro _ de saúde, vida ou acidentes pessoais_ pode não ser tão atlético quanto você e deixá-lo na mão se acontecer algum acidente.
Nos casos dos seguros de vida e de acidentes pessoais, são poucos os que dão cobertura para os fãs de esportes radicais. Por isso, antes de puxar a corda do pára-quedas, leia a apólice com cuidado.
Das sete seguradoras ouvidas pela Folha de S.Paulo, apenas Porto Seguro e Marítima indenizam quem gosta de sentir fortes emoções de vez em quando. Sul América e HSBC também aceitam os aventureiros, mas têm planos especiais.
Alguns contratos deixam claro o que está coberto. Os da Real Seguros, por exemplo, não cobrem riscos de esportes aéreos e náuticos (motorizados ou não), lutas corporais, automobilismo, motociclismo, alpinismo e mergulho.
Outros só avisam que não é indenizado quem praticar ato reconhecidamente perigoso. Nisso pode entrar, por exemplo, o rapel das férias. "Como a média da população não salta de pára-quedas, as empresas preferem não embutir esse risco no preço", diz Valter Hime, da Real Seguros.
Se você estiver a fim de viver perigosamente e se encaixar na lista dos excluídos, ainda há solução. Existem agências de turismo que vendem esses produtos com a duração de uma aventura.
Mas fique atento à apólice antes de começar sua iniciação no alpinismo. Muitos contratos deixam de lado a aventura em si e, se você cair da montanha, vai ficar tão desprotegido quanto antes.
Para quem tem paixão por um esporte de risco e quer inclui-lo no seguro, a Sul América oferece um produto com essa cobertura embutida. O preço vai depender do tipo de esporte que você pratica. Para os fanáticos por bungee jump, os valores pagos anualmente são acrescidos de R$ 15 para cada R$ 1.000 de capital segurado. No caso de mergulho, R$ 5.
Se você gosta de viver nas alturas, o HSBC tem um seguro específico para pára-quedistas, mas que só é vendido para membros de associações do esporte. Caso ocorra algum acidente, os restos do equipamento vão para perícia nos EUA. Se houve falha humana, não há indenização.
Mas de nada adianta se armar com a proteção de todos os seguros se não observar um detalhe: quem organiza os esportes deve ter a autorização dos órgãos competentes de cada área. Caso contrário, o seguro não ressarce.
Já os planos de saúde feitos a partir do ano 2000 são obrigados a cobrir problemas ocorridos durante a prática de qualquer esporte. Segundo o Procon, se o atendimento for negado, pode-se entender como uma prática abusiva.
Mas, para os planos mais antigos, nada está garantido. O consumidor é refém daquilo que assinou no contrato. O pára-quedas da agente de viagens Flávia Oliveira, 22, perdeu sustentação e ela precisou colocar um pino na perna. Ela ainda não sabe se vai ter de ressarcir a empresa do plano de saúde por causa disso.
Até a pelada do sábado pode estar em risco. Segundo João Carlos Scalzilli, da Proconsumer (Associação dos Direitos Financeiros do Consumidor), há casos em que até o gesso de uma perna quebrada num jogo de futebol é negado.
"As empresas alegam que não cobrem porque o cliente se expôs ao risco do futebol de rua", diz ele. Desde janeiro, já chegaram a ele sete reclamações.
Nem todos os planos de saúde cobrem acidentes com esportes radicais
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da Folha de S.Paulo
Se você gosta de se aventurar em um bungee jump, saltar de pára-quedas ou jogar uma pelada, é bom ficar atento. Seu seguro _ de saúde, vida ou acidentes pessoais_ pode não ser tão atlético quanto você e deixá-lo na mão se acontecer algum acidente.
Nos casos dos seguros de vida e de acidentes pessoais, são poucos os que dão cobertura para os fãs de esportes radicais. Por isso, antes de puxar a corda do pára-quedas, leia a apólice com cuidado.
Das sete seguradoras ouvidas pela Folha de S.Paulo, apenas Porto Seguro e Marítima indenizam quem gosta de sentir fortes emoções de vez em quando. Sul América e HSBC também aceitam os aventureiros, mas têm planos especiais.
Alguns contratos deixam claro o que está coberto. Os da Real Seguros, por exemplo, não cobrem riscos de esportes aéreos e náuticos (motorizados ou não), lutas corporais, automobilismo, motociclismo, alpinismo e mergulho.
Outros só avisam que não é indenizado quem praticar ato reconhecidamente perigoso. Nisso pode entrar, por exemplo, o rapel das férias. "Como a média da população não salta de pára-quedas, as empresas preferem não embutir esse risco no preço", diz Valter Hime, da Real Seguros.
Se você estiver a fim de viver perigosamente e se encaixar na lista dos excluídos, ainda há solução. Existem agências de turismo que vendem esses produtos com a duração de uma aventura.
Mas fique atento à apólice antes de começar sua iniciação no alpinismo. Muitos contratos deixam de lado a aventura em si e, se você cair da montanha, vai ficar tão desprotegido quanto antes.
Para quem tem paixão por um esporte de risco e quer inclui-lo no seguro, a Sul América oferece um produto com essa cobertura embutida. O preço vai depender do tipo de esporte que você pratica. Para os fanáticos por bungee jump, os valores pagos anualmente são acrescidos de R$ 15 para cada R$ 1.000 de capital segurado. No caso de mergulho, R$ 5.
Se você gosta de viver nas alturas, o HSBC tem um seguro específico para pára-quedistas, mas que só é vendido para membros de associações do esporte. Caso ocorra algum acidente, os restos do equipamento vão para perícia nos EUA. Se houve falha humana, não há indenização.
Mas de nada adianta se armar com a proteção de todos os seguros se não observar um detalhe: quem organiza os esportes deve ter a autorização dos órgãos competentes de cada área. Caso contrário, o seguro não ressarce.
Já os planos de saúde feitos a partir do ano 2000 são obrigados a cobrir problemas ocorridos durante a prática de qualquer esporte. Segundo o Procon, se o atendimento for negado, pode-se entender como uma prática abusiva.
Mas, para os planos mais antigos, nada está garantido. O consumidor é refém daquilo que assinou no contrato. O pára-quedas da agente de viagens Flávia Oliveira, 22, perdeu sustentação e ela precisou colocar um pino na perna. Ela ainda não sabe se vai ter de ressarcir a empresa do plano de saúde por causa disso.
Até a pelada do sábado pode estar em risco. Segundo João Carlos Scalzilli, da Proconsumer (Associação dos Direitos Financeiros do Consumidor), há casos em que até o gesso de uma perna quebrada num jogo de futebol é negado.
"As empresas alegam que não cobrem porque o cliente se expôs ao risco do futebol de rua", diz ele. Desde janeiro, já chegaram a ele sete reclamações.
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