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13/08/2001
-
17h11
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A Força Sindical está se preparando para lançar seu primeiro fundo de pensão. A entidade aguarda apenas a publicação da regulamentação da lei complementar nº 109, que autoriza entidades sindicais a constituir fundos de pensão para seus associados. A regulamentação deve ser publicada no 'Diário Oficial da União'' nos próximos dias.
Para lançar aquele, que segundo o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, será o maior fundo de pensão do país, a central sindical vai fechar uma parceria com o Bradesco. Pelos termos do acordo, a Força será o instituidor do fundo. Mas quem vai administrar os recursos dos poupadores será o Bradesco.
Segundo o responsável pelo projeto de criação do fundo de pensão, o consultor econômico da Força, Paulo Rabello de Castro, a idéia é agregar ao fundo de pensão algum tipo de conveniência, de acordo com o perfil do poupador.
"Nosso público-alvo são os trabalhadores. Para eles, interessa ter benefícios adicionais, como seguro-desemprego e auxílio-doença. Estamos discutindo como agregar esses benefícios ao nosso fundo de pensão."
Mas o fundo de pensão da Força Sindical deve tomar corpo mesmo a partir de 2003, quando o presidente da República eleito em 2002 tomar posse do cargo.
É que junto do projeto operacional para criação de um fundo de pensão, a Força está desenhando um programa de mudanças estruturais na Previdência Social e FGTS. A idéia da central é implementar uma nova reforma da Previdência, em que o modelo de repartição, adotado hoje para remuneração dos benefícios, será substituído pelo sistema de capitalização.
"No sistema atual, o trabalhador paga o INSS para garantir sua aposentadoria. Mas seu dinheiro será usado para pagar os atuais aposentados e não a sua própria aposentadoria. Queremos que o dinheiro do trabalhador seja usado para bancar sua própria aposentadoria, que seria capitalizada no fundo", disse Castro.
Pela proposta da Força, haveria uma divisão de contribuição por faixa salarial. A Previdência bancaria apenas a aposentadoria de quem ganha até dez salários mínimos. Acima disso, o benefício sairia do fundo de pensão.
Outra mudança que está sendo analisada pela Força é a reestruturação do FGTS. A idéia da central é permitir que o trabalhador possa usar o dinheiro do FGTS para poupar no fundo de pensão. O critério a ser utilizado seria o mesmo que permitiu que os trabalhadores usassem o FGTS para comprar ações da Petrobras.
Mas todas essas idéias entrarão na pauta de atuação da central a partir de 2003. "Não acreditamos que nenhuma dessas mudanças possam ser feitas na administração do atual presidente da República. Ficará para o próximo presidente fazer essas mudanças", disse Paulinho.
Leia mais no especial sobre Aposentadoria
Força Sindical se associa a banco para lançar fundo de pensão
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da Folha Online
A Força Sindical está se preparando para lançar seu primeiro fundo de pensão. A entidade aguarda apenas a publicação da regulamentação da lei complementar nº 109, que autoriza entidades sindicais a constituir fundos de pensão para seus associados. A regulamentação deve ser publicada no 'Diário Oficial da União'' nos próximos dias.
Para lançar aquele, que segundo o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, será o maior fundo de pensão do país, a central sindical vai fechar uma parceria com o Bradesco. Pelos termos do acordo, a Força será o instituidor do fundo. Mas quem vai administrar os recursos dos poupadores será o Bradesco.
Segundo o responsável pelo projeto de criação do fundo de pensão, o consultor econômico da Força, Paulo Rabello de Castro, a idéia é agregar ao fundo de pensão algum tipo de conveniência, de acordo com o perfil do poupador.
"Nosso público-alvo são os trabalhadores. Para eles, interessa ter benefícios adicionais, como seguro-desemprego e auxílio-doença. Estamos discutindo como agregar esses benefícios ao nosso fundo de pensão."
Mas o fundo de pensão da Força Sindical deve tomar corpo mesmo a partir de 2003, quando o presidente da República eleito em 2002 tomar posse do cargo.
É que junto do projeto operacional para criação de um fundo de pensão, a Força está desenhando um programa de mudanças estruturais na Previdência Social e FGTS. A idéia da central é implementar uma nova reforma da Previdência, em que o modelo de repartição, adotado hoje para remuneração dos benefícios, será substituído pelo sistema de capitalização.
"No sistema atual, o trabalhador paga o INSS para garantir sua aposentadoria. Mas seu dinheiro será usado para pagar os atuais aposentados e não a sua própria aposentadoria. Queremos que o dinheiro do trabalhador seja usado para bancar sua própria aposentadoria, que seria capitalizada no fundo", disse Castro.
Pela proposta da Força, haveria uma divisão de contribuição por faixa salarial. A Previdência bancaria apenas a aposentadoria de quem ganha até dez salários mínimos. Acima disso, o benefício sairia do fundo de pensão.
Outra mudança que está sendo analisada pela Força é a reestruturação do FGTS. A idéia da central é permitir que o trabalhador possa usar o dinheiro do FGTS para poupar no fundo de pensão. O critério a ser utilizado seria o mesmo que permitiu que os trabalhadores usassem o FGTS para comprar ações da Petrobras.
Mas todas essas idéias entrarão na pauta de atuação da central a partir de 2003. "Não acreditamos que nenhuma dessas mudanças possam ser feitas na administração do atual presidente da República. Ficará para o próximo presidente fazer essas mudanças", disse Paulinho.
Leia mais no especial sobre Aposentadoria
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