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16/08/2001 - 08h59

Agora, Mansur quer reabrir Mesbla

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RICARDO GRINBAUM
da Folha de S.Paulo

Ricardo Mansur, que é perseguido por credores desesperados até na cadeia, agora quer reabrir a Mesbla. Um de seus advogados, Alfredo Bumachar, prepara um pedido à Justiça para reverter a falência da cadeia de lojas.

A Mesbla e o Mappin, as duas redes que pertenciam a Mansur, quebraram em 1999. Desde então, os credores brigam na Justiça para receber dívidas avaliadas em mais de R$ 1 bilhão.

Alfredo Bumachar diz que, pelo menos no caso da Mesbla, Mansur pode ter mais a receber do que a pagar. As dívidas da Mesbla, nas contas do advogado, somariam R$ 200 milhões.

Em compensação, teria a receber R$ 200 milhões, de dívidas dos clientes da financeira Flexplan, que pertencia à Mesbla.

Bumachar aguarda o fim da contabilização pela Justiça do que a Mesbla deve e do que tem a receber para entrar com pedido de ''concordata suspensiva''. A medida suspenderia a falência e obrigaria a Mesbla a pagar 35% da dívida à vista ou 50% em dois anos.

Pelas contas de Bumachar, os créditos da Flexplan seriam mais do que suficientes para honrar os débitos. ''Vamos entrar com o pedido de concordata suspensiva até o fim do ano'', diz o advogado.

Na prática, seria muito complicado colocar a Mesbla de pé. As lojas já foram passadas para a frente. A antiga sede, na rua do Passeio, no Rio de Janeiro, está ocupada pelas Lojas Americanas.

Além disso, Mansur deve contar com a resistência dos credores. Cansados de perseguir o empresário, os advogados do BNDES e da Fundação Cesp orientaram oficiais de Justiça a visitar Mansur na cadeia. ''Desde 1999, tentamos localizar o Mansur inúmeras vezes, sem sucesso'', diz o advogado da Fundação, Luís Lencioni.

O oficial de Justiça levava a citação para Mansur assinar na casa em São Paulo, mas sempre diziam que ele não estava. ''Quando vimos que ele estava na PF, acionamos o oficial de Justiça porque tínhamos certeza de que seria encontrado'', diz Leoncioni.

Mansur deve R$ 21 milhões à Fundação. Ao assinar o documento, foi avisado de que tem 24 horas para honrar o débito ou apresentar bens para penhora.

 

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