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Bancos temem instabilidade financeira no Equador por reformas de Correa
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da France Presse, em Quito
Os bancos que integram o sistema financeiro do Equador, que em 1999 sofreu a pior crise de liquidez da história, alertaram nesta segunda-feira que sua estabilidade pode ser afetada por uma reforma proposta pelo governo socialista para reduzir os custos dos serviços.
As instituições ressaltaram que no projeto enviado ao Congresso não foram considerados seus planejamentos para "encontrar fórmulas de consenso que permitam reduzir os custos efetivos das operações de crédito e de outros serviços (...) sem pôr em risco a segurança dos depósitos".
Os bancos e outras instituições classificaram de "inconstitucional" o plano governamental e consideraram que "causará prejuízos econômicos ao país".
"As perdas que o sistema financeiro sofrerá afetarão a liquidez com que conta hoje e eventualmente obrigarão as autoridades bancárias a fechar algumas instituições. Outras se verão forçadas a suprimir ou restringir as linhas de microcrédito", acrescentaram em comunicado divulgado pela imprensa.
Os membros do sistema financeiro equatoriano advertiram para as graves conseqüências econômicas e sociais caso o projeto seja aprovado.
Ressaltaram que a iniciativa do presidente socialista Rafael Correa "é contrária ao interesse dos depositantes, à estabilidade do sistema financeiro e à permanência do regime de dolarização".
A economia equatoriana foi dolarizada em março de 2000 após a pior crise financeira nacional, estimada em cerca de 5 bilhões de dólares e que fez com que o Estado assumisse vários bancos com graves problemas de liquidez.
No dia 18 de maio, Correa apresentou no Parlamento o projeto de lei para regular o custo máximo efetivo do crédito e a otimização dos investimentos públicos, com o objetivo de reduzir as taxas de juros e comissões bancárias.
Segundo o presidente, apesar da dolarização o custo do crédito não se compadece com os principais indicadores registrados pela economia.
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