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02/06/2007 - 08h33

Importação atinge nível histórico em maio

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IURI DANTAS
da Folha de S.Paulo

No mês em que a cotação do dólar caiu abaixo de R$ 2, as importações bateram recorde histórico no Brasil e somaram US$ 9,78 bilhões em maio. Outro recorde da balança comercial foi o saldo de US$ 3,87 bilhões, maior para um mês de maio. As exportações somaram US$ 13,648 bilhões, o terceiro melhor desempenho do país. No ano, o superávit acumulado chegou a US$ 16,854 bilhões --alta de 8% sobre o mesmo período de 2006.

O governo minimizou o aumento das importações, e o secretário de Comércio Exterior, Armando Meziat, classificou o fato como "ilusório", devido à greve da Receita Federal em maio do ano passado. Ante o mesmo mês de 2006, as importações cresceram 34,2%. As exportações, 32,4%.

"As importações vão continuar crescendo mais do que as exportações, mas não em ritmo suficiente para reduzir o superávit comercial", afirmou.

Com o resultado de maio, as exportações atingiram US$ 148,31 bilhões no acumulado de 12 meses desde junho do ano passado, um aumento de 20% em relação ao mesmo período anterior. Já as importações cresceram 26,7% no período e chegaram a US$ 100,45 bilhões.

Mesmo reduzindo a importância do aumento nas importações, Meziat foi cauteloso e manteve a previsão de US$ 152 bilhões para as exportações no ano. "Muito provavelmente vamos alcançar a meta", disse.

Os principais produtos responsáveis pelas boas vendas ao exterior continuaram sendo commodities, cujo preço permanece aquecido.

Segundo o secretário, o Brasil ainda não sentiu um forte impacto da valorização do real ante o dólar por motivos diversos, como o uso de inovações tecnológicas, maior produtividade e redução de custos. "Algumas mudanças estruturais aconteceram e ainda não fomos capazes de entender", disse.

Caiu a participação de industrializados no volume exportado e subiu a porcentagem de produtos básicos. Em 2006, os produtos básicos respondiam por 27,7% das vendas brasileiras no acumulado de janeiro a maio.

Neste ano, o percentual chegou a 30,6%. Os industrializados reduziram de 69,8% para 67,4% o seu pedaço no bolo.

A competição com a China causou ao menos dois impactos na balança brasileira: 1) produtos perderam mercados importantes mudaram para países de economias menores; 2) houve queda na quantidade vendida em alguns setores.

O caso dos calçados é emblemático: os Estados Unidos compraram 11% a menos no mês passado, mas as vendas para Venezuela (91%), Rússia (86%) e Itália (77%) reduziram o baque no setor.

A corrente de comércio aumentou mais para África (56,2%), Oriente Médio (46,8%), Ásia (42,6%), União Européia (38,8%) e menos para os EUA e Mercosul, onde o crescimento foi menor -14,7% e 24,2%, respectivamente.

Segundo Meziat, outros produtos, além das commodities, estão conquistando maior participação em mercados internacionais, já que vêm exportando cada vez mais. Seria o caso do álcool, que registrou crescimento de 80% na quantidade exportada nos primeiros cinco meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2006.

No caso dos elétricos e eletrônicos, venderam-se 3,6% mais de janeiro a maio deste ano em relação a 2006. Madeira (5,6%), máquinas e equipamentos (7%), tratores rodoviários (21,2%) e móveis (10,2%) também servem de exemplo.

 

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