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Bolívia paga primeira parcela por duas refinarias da Petrobras
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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
A Petrobras confirmou que a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) fez hoje o pagamento de US$ 56 milhões referentes à primeira parcela pela compra de duas refinarias no país. A segunda parcela deverá ser paga nos próximos 60 dias.
A empresa informou ainda que os bolivianos levantaram dúvidas sobre alguns pontos do contrato com a estatal brasileira, mas que Petrobras Bolívia deve se pronunciar por nota oficial.
O ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, também confirmou o pagamento, apesar de previamente o porta-voz presidencial, Alex Contreras, ter afirmado que a operação seria adiada para terça-feira por "problemas administrativos".
A agência oficial do governo boliviano também confirmou o pagamento. "Nesta manhã, às 8h30, foram depositado os US$ 56 milhões e às 9h30 comunicamos à Petrobras que o fizemos", afirmou o presidente da estatal, Guillermo Aruquipa, à Agência Boliviana de Información.
Os bolivianos informaram que durante a tarde as comissões legais e técnicas das duas empresas iriam executar os processos administrativos para a mudança de controle.
"A partir deste pagamento a YPFB começa a ter o controle administrativo de ambas as plantas, fato que se concretizará na terça em dois atos oficias que ocorrerão: o primeiro às 16h na refinaria de Guillermo Elder Bell de Santa Cruz e às 20h na planta de Gualberto Villarroel em Cochabamba", diz ele à agência.
As unidades são as duas maiores que operam na Bolívia e processam cerca de 40 mil barris de petróleo por dia. Para o Brasil, porém, os negócios por lá representam apenas 0,3% do total.
As duas refinarias atendem toda a demanda interna de gasolina e 70% da demanda de diesel da Bolívia, além de exportar derivados de petróleo reconstituído para o Chile.
A estatal brasileira decidiu vender 100% das refinarias depois da assinatura de um decreto pelo presidente boliviano que afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia. Até então, apesar da nacionalização anunciada por Morales, a empresa ainda cogitava permanecer no país como parceira do governo vizinho.
Com agências internacionais
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