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13/06/2007 - 17h28

Senadores dos EUA apresentam projeto contra manipulação de divisas

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da France Presse, em Washington
com Folha Online

Um grupo de senadores americanos anunciou nesta quarta-feira a apresentação de um projeto de lei que estabelece sanções aos países que "desalinham" suas divisas, horas após o Tesouro dos EUA ter decidido não classificar a China como um país "manipulador de divisas".

O projeto modifica os critérios usados para declarar valores cotados artificialmente e introduz novas punições contra governos que não atuem para corrigir a situação.

"O projeto exige que o departamento do Tesouro adote medidas firmes, mas justas em relação as nações que negociam o dólar americano", disse o presidente do Comitê de Finanças do Senado, senador democrata Max Baucus.

O senador republicano Charles Grassley, que também participa do Comitê, negou que o projeto se refira especificamente a China.

"Não estamos confrontando ninguém. Há 20 anos esta legislação poderia ser aplicada ao Japão, como amanhã poderia ser aplicada a um país 'X'", afirmou. O projeto deve ser votado pelo comitê em alguns meses e pelo Senado em setembro.

Antes disso, o departamento do Tesouro divulgou um informe no qual declara que, apesar da forte intervenção do governo chinês no mercado de câmbio --sendo possível concluir que o yuan está subvalorizado-- "o caso não apresenta os requisitos técnicos para qualificar" Pequim como manipulador de suas divisas.

Valorização do yuan

A moeda chinesa atingiu nesta quarta-feira valorização recorde em relação ao dólar, segundo o diário "China Daily". O Banco do Povo da China (banco central do país) estabeleceu a cotação média do dólar em 7,6282 yuans, abaixo da marca de 7,63 yuans pela primeira vez desde que o final de julho de 2005, quando o governo chinês agiu para acabar com o câmbio fixo do yuan, que era atrelado ao dólar.

O banco estabeleceu uma margem de 0,5% na qual o yuan pode flutuar em relação ao dólar. O sistema de câmbio do país passou a ser flutuante, mas controlado, em que a referência passou a ser a cesta de moedas (formada por dólar, euro, iene e won), com base no comércio exterior. Ontem, a moeda americana chegou a ser cotada a 7,6436 yuans.

Segundo analistas ouvidos pelo "China Daily", a valorização do yuan reflete as pressões do governo americano para que o governo chinês permita uma maior flexibilização de sua moeda. O Departamento do Tesouro dos EUA deve divulgar hoje seu relatório semestral, com sua avaliação sobre manipulação de taxas cambiais, o que pode aumentar a pressão para que a margem de variação do yuan em relação ao dólar seja aumentada, diz o diário chinês.

Outros fatores que influenciam a valorização do yuan em relação ao dólar, diz o texto, são a inflação dos preços ao consumidor --em maio, a taxa atingiu alta de 3,4% (anualizado), o que eleva os temores de que o banco central possa elevar sua taxa de juros-- e o crescimento de 73% no superávit comercial do país no mês passado. Até o fim deste mês, a expectativa é de que o dólar caia abaixo da marca de 7,60 yuans.

 

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