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20/06/2007 - 12h31

Opep ameaça reduzir produção de petróleo em resposta a biocombustíveis

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da France Presse, em Viena

A Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo) advertiu os países consumidores de petróleo sobre os riscos de uma escassez a longo prazo se os investimentos em biocombustíveis prosseguirem --segmento no qual o Brasil é um dos líderes mundiais--, uma estratégia diante da qual a organização se mostra cética.

"A Opep não está preocupada com a introdução de uma nova fonte de energia interessante, sobretudo se pode ajudar a combater o aquecimento global", afirmou o secretário-geral da organização, o líbio Abdullah el-Badri.

No entanto, destacou que existem estimativas que apontam grandes quantidades de bicombustíveis a longo prazo, até 2030, o que reduziria a demanda por petróleo dos 12 países membros da Opep. A UE (União Européia) e os Estados Unidos pretendem reduzir em 20% o consumo de petróleo até 2020, recorrendo a energias alternativas.

"Estamos investindo US$ 130 bilhões até 2012 em 140 projetos para aumentar nossa produção em seis milhões de barris por dia, além da produção atual de quase 30 milhões de barris diários do cartel", afirmou El Badri.

A Opep prevê ainda investir entre US$ 230 e US$ 500 bilhões de 2013 a 2020 para aumentar sua produção em nove milhões de barris por dia, acrescentou.

"Se recebermos informações de que a demanda por petróleo cairá, temos o direito de reposicionar nossos investimentos. Podemos gastar dinheiro em educação ou moradia", destacou.

"Suponham que em 10 anos a produção de biocombustíveis não seja tão elevada como previsto por causa da concorrência com a terra disponível, a água, a alimentação (...) Então teremos uma escassez de petróleo", advertiu.

A aceleração da produção de biocombustíveis se traduziu em um recorde das cotações de alguns produtos alimentícios, como a farinha de milho.

O secretário-geral da Opep reconheceu que os países industrializados têm direito de desenvolver biocombustíveis, mas se opôs ao aumento dos impostos sobre a gasolina para permitir os subsídio da produção de energias alternativas.

"É a política deles reduzir o consumo de gasolina em 20%, mas se querem aumentar a tributação [da gasolina] para subsidiar os biocombustíveis, não funcionará", concluiu.

 

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