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13/09/2001 - 16h46

Racionamento e FGTS eliminam 13 mil vagas na indústria em SP

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IVONE PORTES
da Folha Online

A queda de 0,8% no nível de emprego da indústria paulista em agosto -quando foram cortadas 12.930 vagas- é a maior para este mês desde 1996, quando a taxa recuou 1,45%.

A informação foi divulgada hoje pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e consta na pesquisa de nível de emprego da indústria paulista.

Segundo a diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Clarice Messer, historicamente a indústria contrata entre os meses de agosto e outubro.

Essa reversão de tendência em 2001, no entanto, já era esperada em razão do racionamento de energia.

Somente no período de junho a agosto deste ano foram cortados 20 mil postos de trabalho. Em todo o ano de 2000 foram criadas 27.416 vagas na indústria paulista.

''Já prevíamos um impacto entre agosto e outubro, por causa dos efeitos do racionamento de energia, mas, no caso específico de agosto, teve peso maior a decisão do governo de aumentar a multa do FGTS de 40% para 50% nas demissões sem justa causa. Essa decisão foi contrária à vontade do setor privado'', afirmou Clarice Messer.

Ela lembrou que em maio último a taxa de emprego subiu 0,36%, maior taxa em relação aos meses de maio dos últimos cinco anos.

De acordo com ela, em maio a indústria produzia mais para estocar. A partir de junho, começou a demitir devido ao desaquecimento provocado pela crise energética. ''Sabíamos que agosto seria o teste de fogo, e foi''.

No ano, a indústria paulista acumulada queda de 0,70% no nível de emprego, com uma redução de 11.323 postos de trabalho. No acumulado dos últimos 12 meses houve uma redução de 0,12%, o que representa 1.971 trabalhadores a menos.
 

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