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Países em desenvolvimento pedem que ricos abram mercados aos pobres
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da Efe, em Istambul
A cúpula ministerial anual dos Países Menos Desenvolvidos (LDC, na sigla em inglês), realizada em Istambul, serviu hoje de fórum para chamar a atenção dos países mais ricos para abrirem seus próprios mercados à concorrência das nações mais pobres.
Na sessão inaugural da cúpula, que terminará na terça-feira, o diretor do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Kemal Dervis, criticou o fato de "alguns países entre os mais liberais e ricos colocarem empecilhos ao desenvolvimento dos países menos desenvolvidos".
O representante do Pnud citou como exemplo os juros altos contidos nos empréstimos e que causam a dívida externa e obstáculos comerciais.
Este é um dos pontos que serão enfatizados pelos 50 países do LDC na declaração final. A minuta do texto, publicada hoje pela imprensa turca, pede que os países desenvolvidos "permitam um livre acesso de cotas e tarifas para os produtos originais dos Países Menos Desenvolvidos".
As nações do LCD são as que têm menos pontos no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU. Elas têm em comum uma renda per capita inferior a US$ 750, altos índices de desnutrição e analfabetismo e uma economia instável.
Na maioria, são países da África (34), enquanto os outros são da Ásia (10), Oceania (5) e das Américas (1). A população total deles chega a 600 milhões de pessoas.
Dervis pediu ainda às delegações dos países menos desenvolvidos que ajam "unidos", já que, de outro modo, "não serão ouvidos nos fóruns internacionais, nem serão capazes de realizar reformas em seus próprios países".
O ministro do Exterior turco, Abdullah Gül, se ofereceu "para trabalhar para levar a voz, os pontos de vista e as preocupações dos Países Menos Desenvolvidos aos fóruns internacionais".
A Turquia, que não faz parte dos LDC, se ofereceu para organizar a cúpula anual em Istambul como um meio de angariar apoio deste grupo de países à sua candidatura a um assento não-permanente no Conselho de Segurança da ONU.
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