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Mantega volta a defender processo "transparente" para eleição no FMI
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da Folha Online, em Brasília
O governo brasileiro irá reafirmar o seu desejo de alterar a forma como é conduzida o processo de escolha de dirigentes do Banco Mundial e do FMI (Fundo Monetário Internacional). De acordo com nota divulgado pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), esse processo deve ser mais transparente e devem ser feito sem restrições a nacionalidades.
"Para o Brasil, os altos dirigentes das instituições financeiras multilaterais, incluindo o FMI, devem ser escolhidos segundo processos abertos e transparentes, sem restrição a candidaturas em função da nacionalidade", diz a nota.
O atual diretor-gerente do FMI, Rodrigo de Rato, anunciou que quer deixar a instituição após a reunião anual que irá ocorrer entre os dias 19 e 21 de outubro.
Tradicionalmente, o presidente dos EUA indica um nome para o Banco Mundial e os principais países da Europa escolhem quem vai dirigir o FMI.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, já anunciou que o ex-ministro socialista Dominique Strauss-Kahn como candidato, em substituição ao espanhol Rodrigo de Rato.
O governo brasileiro é contra esse sistema e defende que o processo de escolha deve levar em conta o peso que os países têm hoje, e não o que tinha no período de criação dessas instituições (1945).
"Em prol da modernização e democratização dos mecanismos de governança no âmbito das instituições financeiras multilaterais faz-se necessário superar pactos anacrônicos de partilha de poder. No que respeita ao FMI, seria de lamentar que o processo de reformas ora em curso não tocasse diretamente o tema da seleção dos dirigentes máximos do órgão."
O Banco Mundial e o FMI foram criados em Bretton Woods (EUA), em dezembro de 1945, após o final da Segunda Guerra Mundial.
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