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18/09/2001
-
17h21
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
As companhias aéreas brasileiras devem se reunir com o governo federal para negociar um plano de ajuda para enfrentar os efeitos negativos dos atentados terroristas da semana passada nos Estados Unidos.
Hoje, as empresas norte-americanas se reuniram na Casa Branca para negociar um pacote de socorro financeiro, que pode chegar a US$ 24 bilhões. No Brasil, em vez de dinheiro, as companhias querem desoneração tributária.
"Precisamos desonerar o setor. É impossível manter a competitividade pagando 25% de ICMS sobre combustível", disse o vice-presidente da TAM, Rubel Thomas.
Apesar de reconhecer que os atentados terroristas devem reduzir o tráfego aéreo internacional -o que provocará diminuição de receita para as companhias aéreas-, o vice-presidente comercial da Varig, Roberto Macedo, disse que os problemas do setor antecedem os ataques da semana passada.
"O setor já estava prejudicado pela alta do dólar, do combustível, crise da Argentina e desaceleração da economia. Os atentados terroristas serão mais um fator negativo no desempenho das empresas", afirmou.
Além da desoneração tributária, as empresas aéreas brasileiras devem pedir para o governo acelerar a criação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). "A agência deve dar mais competitividade ao setor e criar ferramentas para as companhias atuarem em condições iguais no mercado", disse Macedo.
Para Thomas, da TAM, a disposição do governo norte-americano de negociar um pacote de socorro financeiro para as companhias dos EUA é de dar inveja às empresas brasileiras. "Estou com inveja do tratamento que o governo norte-americano está dando ao setor, ainda mais considerando que os Estados Unidos têm as mesmas dimensões geográficas que o Brasil."
Segundo Macedo, da Varig, o mais importante do socorro financeiro que está sendo fechado nos Estados Unidos, é o reconhecimento que o governo dá ao setor de aviação.
"Independentemente das empresas alegarem que vão quebrar em virtude dos atentados terroristas, a ajuda que será liberada leva em conta a importância estratégica da aviação para a economia do país. Eles entendem que se a aviação quebrar, toda a economia do país ficará fragilizada."
Na TAM, as viagens internacionais representam 15% da receita total da empresa. Na Varig, as rotas internacionais chegam a 50% da receita total.
A TAM e a Varig mantêm vôos diários do Brasil com destino aos Estados Unidos. Na semana passada, quando o tráfego aéreo norte-americano ficou fechado, as duas empresas foram obrigadas a suspender a operação de vôos para os EUA.
Acompanhe a situação dos aeroportos dos EUA
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Companhias aéreas aproveitam terrorismo para pedir ajuda ao governo
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As companhias aéreas brasileiras devem se reunir com o governo federal para negociar um plano de ajuda para enfrentar os efeitos negativos dos atentados terroristas da semana passada nos Estados Unidos.
Hoje, as empresas norte-americanas se reuniram na Casa Branca para negociar um pacote de socorro financeiro, que pode chegar a US$ 24 bilhões. No Brasil, em vez de dinheiro, as companhias querem desoneração tributária.
"Precisamos desonerar o setor. É impossível manter a competitividade pagando 25% de ICMS sobre combustível", disse o vice-presidente da TAM, Rubel Thomas.
Apesar de reconhecer que os atentados terroristas devem reduzir o tráfego aéreo internacional -o que provocará diminuição de receita para as companhias aéreas-, o vice-presidente comercial da Varig, Roberto Macedo, disse que os problemas do setor antecedem os ataques da semana passada.
"O setor já estava prejudicado pela alta do dólar, do combustível, crise da Argentina e desaceleração da economia. Os atentados terroristas serão mais um fator negativo no desempenho das empresas", afirmou.
Além da desoneração tributária, as empresas aéreas brasileiras devem pedir para o governo acelerar a criação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). "A agência deve dar mais competitividade ao setor e criar ferramentas para as companhias atuarem em condições iguais no mercado", disse Macedo.
Para Thomas, da TAM, a disposição do governo norte-americano de negociar um pacote de socorro financeiro para as companhias dos EUA é de dar inveja às empresas brasileiras. "Estou com inveja do tratamento que o governo norte-americano está dando ao setor, ainda mais considerando que os Estados Unidos têm as mesmas dimensões geográficas que o Brasil."
Segundo Macedo, da Varig, o mais importante do socorro financeiro que está sendo fechado nos Estados Unidos, é o reconhecimento que o governo dá ao setor de aviação.
"Independentemente das empresas alegarem que vão quebrar em virtude dos atentados terroristas, a ajuda que será liberada leva em conta a importância estratégica da aviação para a economia do país. Eles entendem que se a aviação quebrar, toda a economia do país ficará fragilizada."
Na TAM, as viagens internacionais representam 15% da receita total da empresa. Na Varig, as rotas internacionais chegam a 50% da receita total.
A TAM e a Varig mantêm vôos diários do Brasil com destino aos Estados Unidos. Na semana passada, quando o tráfego aéreo norte-americano ficou fechado, as duas empresas foram obrigadas a suspender a operação de vôos para os EUA.
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