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19/09/2001 - 13h29

Volks demite funcionários que brigaram no serviço

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Uma briga por causa da divisão de serviço acabou na demissão de dois funcionários da unidade da Volkswagen em São Bernardo do Campo (região do ABC). Para pedir a suspensão da demissão, os 700 funcionários cruzaram os braços entre 8h e 12h de hoje. A paralisação atingiu a seção de montagem final do Gol, onde trabalham os dois funcionários envolvidos na briga. A empresa não quis comentar o assunto.

Segundo a comissão de fábrica da Volks, os protestos continuarão.
"A empresa adotou uma política muito difícil Toda vez que existe briga entre os funcionários, pelo menos um deles é demitido. Só que o problema da briga também envolve a empresa", disse o representante da comissão de fábrica, Benjamin de Sena Félix.

Segundo ele, o motivo da briga foi a divisão de uma das tarefas da seção de montagem final. "É um trabalho difícil e existe revezamento de função. Os trabalhadores brigaram porque um fica passando para o outro o serviço. Mas quem deveria determinar o dia do revezamento é a chefia, que foi omissa. A culpa não é dos funcionários", disse Félix.

Essa não é a primeira vez este ano que uma briga de funcionários acaba em demissão dentro da Volkswagen. No final de julho, dois funcionários do setor de pintura discutiram por causa de rivalidades no futebol. Um dos funcionários é corintiano, e o outro, palmeirense. Essa discussão ocorreu um dia após o Palmeiras ter perdido para o time chileno Universidad Católica, por 2 a 1.

Depois de uma paralisação de 25 horas na produção, os funcionários da Volkswagen de São Bernardo conseguiram inverter a demissão por justa causa de dois trabalhadores.

Nesse caso, além da pintura, outras áreas da Volks _como montagem, solda, funilaria_ foram afetadas. Estima-se que entre 870 e 950 veículos deixaram de ser finalizados.

Além da briga pela rivalidade no futebol, os funcionários da Volkswagen de São Bernardo também cruzaram os braços este ano para forçar a empresa a elevar a proposta de PLR (participação nos lucros e resultados). Durante sete dias, os funcionários da fábrica adotaram uma estratégia de parar setores específicos da produção. Cerca de 300 carros deixaram de ser produzidos.

 

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