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19/09/2001
-
19h07
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Os 16 mil funcionários da Volkswagen de São Bernardo, na região do ABC, começam a se preparar para uma nova batalha com a direção da empresa. A discussão que começa a fermentar dentro do chão de fábrica é o processo de terceirização, que pode resultar na demissão de 4.000 pessoas.
Segundo o coordenador da comissão de fábrica da Volks, Vagner Santana, a Volkswagen já comunicou aos funcionários a intenção de terceirizar as atividades não-ligadas diretamente à montagem de veículos. Isso incluiria a terceirização de vários setores, desde logística a fundição, que empregam 4.000 funcionários.
"A Volks quer implantar o modelo de fábrica-enxuta, já adotado pela Ford, Renault, Peugeot e na unidade de Resende, no Rio de Janeiro", disse o coordenador da comissão de fábrica.
Essas plantas funcionam como uma espécie de pólo de produção, onde operam no mesmo espaço a montadora, fornecedores e empresas terceirizadas.
Para agravar o sentimento de demissão dentro da Volks, começa a tomar corpo o projeto de produção do PQ 24, o Novo Pólo, que será fabricado a partir de 2002 na planta de São Bernardo.
Segundo Santana, o novo carro necessita apenas de 8.000 funcionários para ser produzido. "A tendência é da empresa suspender a produção das outras linhas e ficar só com o PQ 24. Não queremos que isso signifique a demissão de trabalhadores."
A empresa não quer comentar o assunto, mas garante que a produção de Novo Pólo não vai implicar no fim da produção do Gol, Santana e Kombi, fabricados hoje na unidade de São Bernardo.
O temor de cortes e terceirização está sendo discutido por enquanto apenas entre os funcionários da fábrica. Mas Santana afirma que logo o assunto será levado para a direção da montadora. Antes de resolver mais esse problema, a comissão de fábrica está engajada, em conjunto com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na campanha salarial da categoria, que quer antecipar a data-base de novembro para setembro.
Na semana passada, os funcionários da Volks fecharam com a montadora um acordo de pagamento de PLR (participação nos lucros e resultados) de R$ 2.600.
Funcionários da Volks temem demissão de 8.000
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da Folha Online
Os 16 mil funcionários da Volkswagen de São Bernardo, na região do ABC, começam a se preparar para uma nova batalha com a direção da empresa. A discussão que começa a fermentar dentro do chão de fábrica é o processo de terceirização, que pode resultar na demissão de 4.000 pessoas.
Segundo o coordenador da comissão de fábrica da Volks, Vagner Santana, a Volkswagen já comunicou aos funcionários a intenção de terceirizar as atividades não-ligadas diretamente à montagem de veículos. Isso incluiria a terceirização de vários setores, desde logística a fundição, que empregam 4.000 funcionários.
"A Volks quer implantar o modelo de fábrica-enxuta, já adotado pela Ford, Renault, Peugeot e na unidade de Resende, no Rio de Janeiro", disse o coordenador da comissão de fábrica.
Essas plantas funcionam como uma espécie de pólo de produção, onde operam no mesmo espaço a montadora, fornecedores e empresas terceirizadas.
Para agravar o sentimento de demissão dentro da Volks, começa a tomar corpo o projeto de produção do PQ 24, o Novo Pólo, que será fabricado a partir de 2002 na planta de São Bernardo.
Segundo Santana, o novo carro necessita apenas de 8.000 funcionários para ser produzido. "A tendência é da empresa suspender a produção das outras linhas e ficar só com o PQ 24. Não queremos que isso signifique a demissão de trabalhadores."
A empresa não quer comentar o assunto, mas garante que a produção de Novo Pólo não vai implicar no fim da produção do Gol, Santana e Kombi, fabricados hoje na unidade de São Bernardo.
O temor de cortes e terceirização está sendo discutido por enquanto apenas entre os funcionários da fábrica. Mas Santana afirma que logo o assunto será levado para a direção da montadora. Antes de resolver mais esse problema, a comissão de fábrica está engajada, em conjunto com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na campanha salarial da categoria, que quer antecipar a data-base de novembro para setembro.
Na semana passada, os funcionários da Volks fecharam com a montadora um acordo de pagamento de PLR (participação nos lucros e resultados) de R$ 2.600.
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