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19/09/2001
-
20h03
SANDRA MANFRINI
da Folha Online, em Brasília
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, em reunião terminada há pouco, manter a taxa de juro Selic em 19% ao ano, sem qualquer indicação de tendência (sem viés).
A manutenção da taxa, em vigor desde o dia 18 de julho, atende à expectativa do mercado financeiro, que não via espaço para alteração no juro agora.
O próprio presidente do Banco Central, Armínio Fraga, já tinha
sinalizado essa possibilidade na segunda-feira, quando deu entrevista coletiva para avaliar os efeitos do atentado terrorista aos Estados Unidos sobre a economia brasileira. Na ocasião, Fraga disse que não havia muita folga para mexer no juro.
Esta era também a opinião de vários economistas que temiam uma nova alta da taxa, que poderia colocar a atividade econômica em um ritmo ainda mais forte de desaceleração. Muitos também não confiavam na possibilidade de o BC seguir outros bancos centrais do mundo e reduzir o juro, para tentar fugir de um quadro recessivo. Haveria constrangimentos tanto para aumentar quanto para reduzir a taxa, segundo analistas do mercado. Se reduzisse, o BC poderia comprometer a credibilidade do sistema de metas de inflação.
Como as últimas expectativas de mercado já apontam para uma inflação no ano de 6,5%, acima do teto de 6% da meta inflacionária, uma queda da taxa poderia ser vista como um relaxamento do BC com relação à meta.
A taxa de 19% ao ano deverá ficar em vigor até o próximo dia 17 de outubro, data do término da próxima reunião do Copom. Antes disso, para mudar o juro, o presidente do BC teria que convocar uma reunião extraordinária do Comitê.
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Copom mantém juros em 19% ao ano
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da Folha Online, em Brasília
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, em reunião terminada há pouco, manter a taxa de juro Selic em 19% ao ano, sem qualquer indicação de tendência (sem viés).
A manutenção da taxa, em vigor desde o dia 18 de julho, atende à expectativa do mercado financeiro, que não via espaço para alteração no juro agora.
O próprio presidente do Banco Central, Armínio Fraga, já tinha
sinalizado essa possibilidade na segunda-feira, quando deu entrevista coletiva para avaliar os efeitos do atentado terrorista aos Estados Unidos sobre a economia brasileira. Na ocasião, Fraga disse que não havia muita folga para mexer no juro.
Esta era também a opinião de vários economistas que temiam uma nova alta da taxa, que poderia colocar a atividade econômica em um ritmo ainda mais forte de desaceleração. Muitos também não confiavam na possibilidade de o BC seguir outros bancos centrais do mundo e reduzir o juro, para tentar fugir de um quadro recessivo. Haveria constrangimentos tanto para aumentar quanto para reduzir a taxa, segundo analistas do mercado. Se reduzisse, o BC poderia comprometer a credibilidade do sistema de metas de inflação.
Como as últimas expectativas de mercado já apontam para uma inflação no ano de 6,5%, acima do teto de 6% da meta inflacionária, uma queda da taxa poderia ser vista como um relaxamento do BC com relação à meta.
A taxa de 19% ao ano deverá ficar em vigor até o próximo dia 17 de outubro, data do término da próxima reunião do Copom. Antes disso, para mudar o juro, o presidente do BC teria que convocar uma reunião extraordinária do Comitê.
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