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22/09/2001
-
09h07
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Banco Central dispõe basicamente de três instrumentos para tentar impedir uma maior valorização da cotação do dólar: a venda de dólares no mercado, a emissão de títulos públicos atrelados ao câmbio e as taxas de juros.
Neste ano, o BC já vendeu quase US$ 5 bilhões no mercado à vista para tentar segurar as cotações. O raciocínio é simples: quanto mais moeda em circulação, menor sua cotação. O volume dessas intervenções é limitado pelo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Pelo acordo, o governo brasileiro deve manter pelo menos US$ 20 bilhões depositados em suas reservas internacionais -de onde saem os dólares usados nas intervenções.
Desde julho, porém, o BC tem evitado usar essas intervenções para interferir nas cotações. Na ocasião, a instituição anunciou que, até o final do ano, deverá se limitar a vender, por dia, US$ 50 milhões no mercado para atender a procura pela moeda americana.
Hoje as reservas líquidas estão em US$ 32 bilhões. Com as intervenções programadas até o fim do ano, que devem chegar a US$ 6 bilhões, o número deve cair para US$ 28 bilhões em dezembro. Se quiser fazer um intervenção adicional, o BC teria, com base nos últimos dados, US$ 8
bilhões.
Juros
No caso dos juros básicos, a taxa já foi elevada em 3,25 pontos percentuais neste ano. O principal motivo da alta foi a disparada da moeda norte-americana. Juros mais altos valorizam a moeda doméstica, pois levam investidores a preferir aplicações lastreadas em real, que passam a oferecer maior rentabilidade. Isso tira um pouco da pressão
sobre o dólar.
É difícil, porém, que haja um novo aumento na taxa de juros -atualmente em 19% ao ano-, devido ao desaquecimento econômico que seria causado por uma elevação nas taxas.
Neste ano, o BC também vendeu R$ 21,3 bilhões em papéis cambiais. Isso faz com que muitos investidores passem a comprar os títulos, que acompanham a variação do dólar, em vez de comprar a moeda norte-americana em si.
A desvantagem desse instrumento é o aumento que ele provoca na dívida pública.
Luta contra câmbio tem três armas
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O Banco Central dispõe basicamente de três instrumentos para tentar impedir uma maior valorização da cotação do dólar: a venda de dólares no mercado, a emissão de títulos públicos atrelados ao câmbio e as taxas de juros.
Neste ano, o BC já vendeu quase US$ 5 bilhões no mercado à vista para tentar segurar as cotações. O raciocínio é simples: quanto mais moeda em circulação, menor sua cotação. O volume dessas intervenções é limitado pelo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Pelo acordo, o governo brasileiro deve manter pelo menos US$ 20 bilhões depositados em suas reservas internacionais -de onde saem os dólares usados nas intervenções.
Desde julho, porém, o BC tem evitado usar essas intervenções para interferir nas cotações. Na ocasião, a instituição anunciou que, até o final do ano, deverá se limitar a vender, por dia, US$ 50 milhões no mercado para atender a procura pela moeda americana.
Hoje as reservas líquidas estão em US$ 32 bilhões. Com as intervenções programadas até o fim do ano, que devem chegar a US$ 6 bilhões, o número deve cair para US$ 28 bilhões em dezembro. Se quiser fazer um intervenção adicional, o BC teria, com base nos últimos dados, US$ 8
bilhões.
Juros
No caso dos juros básicos, a taxa já foi elevada em 3,25 pontos percentuais neste ano. O principal motivo da alta foi a disparada da moeda norte-americana. Juros mais altos valorizam a moeda doméstica, pois levam investidores a preferir aplicações lastreadas em real, que passam a oferecer maior rentabilidade. Isso tira um pouco da pressão
sobre o dólar.
É difícil, porém, que haja um novo aumento na taxa de juros -atualmente em 19% ao ano-, devido ao desaquecimento econômico que seria causado por uma elevação nas taxas.
Neste ano, o BC também vendeu R$ 21,3 bilhões em papéis cambiais. Isso faz com que muitos investidores passem a comprar os títulos, que acompanham a variação do dólar, em vez de comprar a moeda norte-americana em si.
A desvantagem desse instrumento é o aumento que ele provoca na dívida pública.
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