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24/09/2001 - 09h32

Analistas dos EUA recomendam a investidor olhar o longo prazo

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da Folha de S.Paulo

Os especialistas do mercado norte-americano estão recomendando aos investidores manterem suas aplicações e olharem para o longo prazo, que, nos EUA, corresponde a cinco anos no mínimo.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Donald L. Cassidy, analista sênior do departamento de pesquisa da Lipper Analytical, empresa que acompanha e analisa o setor de fundos nos EUA, diz que os resgates dos fundos de investimentos no mercado americano, na última semana, foram insignificantes.

Para Cassidy, o saque nos fundos de investimento e a venda de ações não têm sido maior nas duas últimas semanas porque a Bolsa de Nova York ficou fechada na semana do atentado terrorista. "Quando o mercado abriu na última segunda-feira já haviam passado quatro dias, e os investidores tiveram tempo para pensar e não agir tão emocionalmente", diz.

Brian S. Mattes, diretor-executivo do Vanguard Group, uma das maiores administradoras de fundos dos EUA, disse à Folha de S.Paulo na quarta-feira que houve entrada de recursos nos fundos. "Tivemos captação de recursos na segunda e terça-feira", diz Mattes.

O número de investidores que, segundo ele, ligou ou mandou e-mail para saber sobre seus investimentos ficou abaixo do que eles esperavam em decorrência do ataque terrorista nos EUA.

"A recomendação foi para que eles mantivessem seus investimentos e olhassem para o longo prazo", diz Mattes. "Também é importante manter o portfólio diversificado", afirma.

Para Cassidy, os investidores americanos devem continuar investindo em "bonds" (títulos públicos e privados) e em fundos de investimento. "Alguns tipos de fundos estão melhores que a média, como é o caso dos balanceados, que misturam ações e títulos de renda fixa."

Cassidy afirma que os investidores tradicionais, que estão com medo de uma guerra, podem até comprar ouro, guardar dinheiro em notas _ como prevenção se os caixas eletrônicos dos bancos não funcionarem_ e aplicar uma parte do dinheiro em fundos.

"Mas isso é só para quem está com um sentimento de que haverá uma guerra. Os demais devem manter seus investimentos", diz.

Quanto ao fluxo de investimentos para o Brasil ele diz acreditar que não será interrompido. Para ele, é preciso separar o país dos demais países emergentes.

"O Brasil está numa posição melhor que a Colômbia, por exemplo, já que lá tem a questão das drogas e dos traficantes", diz Cassidy. "Além de o Brasil estar numa posição muito melhor do que alguns países asiáticos."

Para Mattes, os investimentos em ações de países emergentes, como o Brasil, irá continuar. "Nós esperamos que os investidores mantenham o fluxo normal de seus investimentos em fundos de mercados emergentes e fundos globais", afirma.

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