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04/08/2007 - 10h27

Brasil quer acelerar ingresso da Venezuela no Mercosul

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

O Brasil quer acelerar o processo de entrada da Venezuela no Mercosul. A informação foi dada ontem pelo chanceler Celso Amorim, que pretende conversar com os parlamentares brasileiros sobre o tema nos próximos dias. Nesse encontro, o ministro vai tentar convencer senadores e deputados que se mostraram contrários à iniciativa após embate entre o Congresso e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no episódio de não-renovação da concessão da RCTV no país.

Amorim disse que ainda não falou com os parlamentares brasileiros após a troca de farpas que começou no final de maio. "Não tive oportunidade de falar com eles. Gostaria de ouvi-los, sentir como eles receberam [o episódio]. Isso é importante para a minha própria visão", disse.

Em entrevista, Amorim disse diversas vezes que o Brasil tem interesse em acelerar esse processo de ingresso da nação vizinha. "Temos todo o interesse."

A relação entre o Congresso brasileiro e a Venezuela começou a piorar em 30 de maio, quando o Senado aprovou uma moção contra a decisão do governo local de fechar o canal de televisão RCTV, principal opositor ao governo Chávez. Como reação, o presidente venezuelano chamou o parlamento brasileiro de "papagaio de Washington" em referência a suposta aproximação com as idéias políticas de George W. Bush.

Amorim também anunciou que o Brasil vai sediar nova reunião de ministros econômicos sobre o projeto do Banco do Sul -instituição de fomento multinacional formada pelos países da América do Sul. O encontro será em 23 de agosto no Rio.

Usina

Ao lado do chanceler argentino, Jorge Taiana, o brasileiro anunciou que os dois países têm projeto conjunto de construção de uma nova usina hidrelétrica no rio Uruguai. O projeto da Usina de Garabi, no município de Garruchos, no noroeste do Rio Grande do Sul, seria uma forma conjunta de atender à crescente demanda por energia nos dois países.

Taiana lembrou, inclusive, que a expectativa de crescimento mais rápido das duas economias faz com que projetos desse tipo tenham prioridade. O tema energético foi um dos principais na reunião de cerca de duas horas e meia entre os diplomatas dos dois sócios do Mercosul.

Com problemas de abastecimento de energia, a Argentina aumentou a importação de energia brasileira nos últimos meses. Além disso, acertou o envio de parte do gás contratado pelo Brasil com a Bolívia, mas que não vem sendo usado.

 

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