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24/09/2001 - 18h20

Ações de companhias aéreas voltam a subir nas Bolsas

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da Folha Online

As ações de companhias aéreas voltaram a subir hoje em todo o mundo. O futuro do setor continua incerto, contudo. Ninguém de fato sabe em que medida os ataques aéreos aos Estados Unidos e a possível ação retaliatória vão afetar o tráfego a longo prazo.

"Ainda está muito incerto", disse o analista do Deutsche Bank Jonathan Wober, acrescentando que mesmo pequenas mudanças na receita teriam efeitos enormes na lucratividade do setor, que opera com pequenas margens e grandes dívidas.

A sobrevivência de algumas companhias aéreas norte-americanas foi posta em dúvida desde o dia dos ataques, mas nesta segunda-feira analistas começaram a duvidar da saúde de algumas companhias européias, mesmo das "nacionais", cuja existência sempre foi politicamente sacrossanta.
Uma delas, a Swissair, anunciou que estava com dificuldades e precisava urgentemente de entre US$ 1,3 bilhões a US$ 1,8 bilhões em capital e cortes drásticos nas suas operações.

Sindicatos de profissionais e a administração de outra companhia aérea nacional, a belga Sabena -que perde rios de dinheiro- devem retomar negociações sobre um plano de reestruturação.

Mas os preços das ações das três maiores companhias de aviação civil da Europa -British Airways, Deutsche Lufthansa AG e Air France SA- tiveram alta, com a BA subindo mais de 10% na segunda-feira, a Lufthansa em alta de 5,3%e a Air France disparando 13%.

As cotações também subiram para as principais companhias aéreas asiáticas, incluindo a Singapore Airlines Ltd, a Qantas Airways Ltd da Austrália, e a Cathay Pacific Airways Ltd, de Hong Kong.

"É uma reação à notícia dos seguros", disse Matthew Stainer, analista de transportes da SG Securities. "Se os governos não tivessem feito aquilo, então seria um desastre completo para o setor."

Até o momento que os governos tomaram medidas nos últimos dias, as companhias aéreas corriam o risco de encerrar operações por falta de seguros adequados. As seguradoras aumentaram muito o valor do seguro para algumas coberturas e reduziram seu potencial de exposição a riscos de guerra para terceiros. A solução foi o seguro estatal ou dinheiro do governo para solver custos da cobertura.

Nos Estados Unidos, a ajuda para as companhias aéreas deverá ser ampla -o presidente George W. Bush assinou uma lei no sábado dando US$ 15 bilhões às companhias aéreas, em dinheiro vivo ou garantias de empréstimo, além de seguros bancados pelo governo contra riscos de guerra e ataques terroristas pelos próximos seis meses.

Nesta tarde, a Associação de Transporte Aéreos (ATA) informou que as companhias aéreas norte-americanas estão submetendo dados às autoridades federais e podem receber até metade da ajuda prometida em dinheiro, de US$ 5 bilhões, já nesta segunda-feira.

O pacote de ajuda do governo norte-americano prevê que o dinheiro será dividido de acordo com a capacidade das companhias aéreas no mês de agosto em relação à capacidade total da indústria.

As informações são da Reuters.



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