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25/09/2001 - 07h56

Medo de recessão derruba preço do petróleo

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da Folha de S.Paulo

O medo de uma recessão nos EUA pesou mais do que o temor de um eventual conflito militar no mercado de petróleo, e a cotação do produto caiu 15% ontem. Foi o maior recuou no preço em único só dia desde a Guerra do Golfo, em 1991.

A queda na atividade econômica derruba o consumo do petróleo, principal fonte de energia do planeta. Como um possível ataque ao Afeganistão não deverá interromper o fornecimento e os estoques estão em alta, o que pesou mesmo nos mercados foi a possibilidade de haver uma queda mais acentuada no consumo do produto nos próximos meses.

Na Bolsa Mercantil de Nova York, o barril de petróleo cru leve, para ser entregue em novembro, encerrou o dia cotado a US$ 22, perdendo US$ 3,96. O barril não estava tão barato desde novembro de 1999, quando ele custava US$ 21,77. Ao meio-dia, o preço chegou a tocar nos US$ 21,80 (redução de 16% em relação ao fechamento da sexta-feira).

Em Londres, o barril tipo brent foi negociado a US$ 21,97, em queda de 13,6%. Houve negócios durante o dia a US$ 21,70 (queda de quase 15%), valor mais baixo desde abril de 2000.

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) vive um dilema. O objetivo declarado do cartel é manter o barril a um preço que varie de US$ 22 a US$ 28. No entanto, para não gerar um novo foco de incerteza na economia mundial, a organização não pretende promover cortes de produção, o que elevaria o preço.

"Não creio que possamos cortar [o nível da produção] novamente agora, porque isso poderia piorar ainda mais a economia", disse um membro da organização. O teto atual de produção é de 23,2 milhões de barris por dia.

Um corte na produção poderia agravar a recessão, causando nova queda da demanda por petróleo e inflação, segundo os analistas. Por outro lado, o preço baixo estimula a economia.

Os ministros dos países-membros da Opec vão se reunir amanhã para analisar a situação. "É um momento bastante delicado, mas estamos trabalhando para manter a estabilidade dos preços", afirmou o secretário-geral do cartel, Ali Rodriguez.

No atacado, os preços da gasolina e do óleo combustível também caíram. O preço do óleo, usado em caldeiras, caiu 15% e fechou no menor preço em 22 meses. A gasolina caiu 14%, atingindo também a maior baixa em 22 meses.

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