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26/09/2001
-
13h09
GABRIELLA ESPER
da Folha Online
O Banco Central realizou hoje o 4º leilão de papéis cambiais da semana mas perdeu a disputa com os investidores. O dólar comercial fechou a manhã em alta de 0,29%, a R$ 2,722 para compra e R$ 2,724 para venda.
O BC vendeu R$ 500 milhões em NBC-E (Notas do Banco Central - Série Especial), que pagam juros na data de resgate e são corrigidos pela variação cambial.
Porém, a tendência de alta se confirma a cada operação realizada e o mercado mantém-se firme com o dólar no patamar de R$ 2,70. Os negócios estão restritos à procura por "hedge" -estoque de dólares para proteção contra as oscilações bruscas da moeda norte-americana.
FMI
Além de toda a preocupação dos investidores em relação à economia mundial e às expectativas negativas de uma guerra entre Estados Unidos e Afeganistão, o mercado recebeu no final desta manhã notícia preocupante. O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu previsão de crescimento para o Brasil, Argentina e para a América Latina. O Fundo alega que a economia regional foi afetada pelas turbulências da Argentina.
De acordo com o FMI, o Brasil vai crescer 2,2%, 2,3 pontos percentuais a menos que na previsão anterior (4,5%). Contágio argentino, incerteza política e crise energética foram os responsáveis pela redução do crescimento. Os ataques aos EUA de 11 de setembro também contribuíram para piorar as perspectivas para a América Latina.
Com a "intervenção branca" desta manhã, o BC soma 10 leilões de papéis cambiais realizados desde a última sexta-feira com a finalidade de derrubar o dólar. Na sexta, a autoridade monetária fracassou em seis leilões. Na segunda, baixou a moeda, que operava em tendência de queda, após dois leilões. Ontem, agiu rapidamente quando o dólar deu os primeiros sinais de alta e venceu a queda-de-braço com o mercado.
Durante a primeira metade do dia, a cotação mínima de venda do dólar foi de R$ 2,718 (+0,07%) e a máxima atingiu R$ 2,735 (+0,69%).
Bovespa
A Bolsa de Valores de São Paulo registra queda pelo segundo dia consecutivo. O Ibovespa encerrou a manhã em queda de 2,32%, retornando aos 9.991 pontos.
O mercado acionário paulista refletiu esta manhã a resistência das cotações do dólar, que subiu novamente hoje, e seguiu a tendência de recuo da Bolsa de Valores de Nova York e da Bolsa eletrônica Nasdaq.
O giro financeiro da Bovespa foi de R$ 228,834 milhões pela manhã.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Veja a cotação do dólar durante o dia
Dólar fecha manhã em alta de 0,29% com nova intervenção do BC
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O Banco Central realizou hoje o 4º leilão de papéis cambiais da semana mas perdeu a disputa com os investidores. O dólar comercial fechou a manhã em alta de 0,29%, a R$ 2,722 para compra e R$ 2,724 para venda.
O BC vendeu R$ 500 milhões em NBC-E (Notas do Banco Central - Série Especial), que pagam juros na data de resgate e são corrigidos pela variação cambial.
Porém, a tendência de alta se confirma a cada operação realizada e o mercado mantém-se firme com o dólar no patamar de R$ 2,70. Os negócios estão restritos à procura por "hedge" -estoque de dólares para proteção contra as oscilações bruscas da moeda norte-americana.
FMI
Além de toda a preocupação dos investidores em relação à economia mundial e às expectativas negativas de uma guerra entre Estados Unidos e Afeganistão, o mercado recebeu no final desta manhã notícia preocupante. O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu previsão de crescimento para o Brasil, Argentina e para a América Latina. O Fundo alega que a economia regional foi afetada pelas turbulências da Argentina.
De acordo com o FMI, o Brasil vai crescer 2,2%, 2,3 pontos percentuais a menos que na previsão anterior (4,5%). Contágio argentino, incerteza política e crise energética foram os responsáveis pela redução do crescimento. Os ataques aos EUA de 11 de setembro também contribuíram para piorar as perspectivas para a América Latina.
Com a "intervenção branca" desta manhã, o BC soma 10 leilões de papéis cambiais realizados desde a última sexta-feira com a finalidade de derrubar o dólar. Na sexta, a autoridade monetária fracassou em seis leilões. Na segunda, baixou a moeda, que operava em tendência de queda, após dois leilões. Ontem, agiu rapidamente quando o dólar deu os primeiros sinais de alta e venceu a queda-de-braço com o mercado.
Durante a primeira metade do dia, a cotação mínima de venda do dólar foi de R$ 2,718 (+0,07%) e a máxima atingiu R$ 2,735 (+0,69%).
Bovespa
A Bolsa de Valores de São Paulo registra queda pelo segundo dia consecutivo. O Ibovespa encerrou a manhã em queda de 2,32%, retornando aos 9.991 pontos.
O mercado acionário paulista refletiu esta manhã a resistência das cotações do dólar, que subiu novamente hoje, e seguiu a tendência de recuo da Bolsa de Valores de Nova York e da Bolsa eletrônica Nasdaq.
O giro financeiro da Bovespa foi de R$ 228,834 milhões pela manhã.
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