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15/08/2007 - 09h17

Instabilidade ameaça afetar comércio mundial, diz OMC

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da Folha de S.Paulo

As turbulências nos mercados mundiais podem afetar o crescimento da economia e do comércio global neste ano, segundo relatório da OMC (Organização Mundial do Comércio). Além disso, o estudo aponta os desequilíbrios nas balanças comerciais como fator para a possível desaceleração.

Para o organismo, as estimativas que apontam que a economia mundial crescerá cerca de 3% neste ano podem fazer com que o comércio global avance 6% em 2007, ante expansão de 8% no ano passado. E, caso o mercado de crédito imobiliário americano -causa original da atual instabilidade nas Bolsas- continue com problemas, ele prevê uma cenário ainda pior.

"Caso os problemas no "subprime" [mercado de crédito de alto risco] continuem ou se agravem, nós teremos provavelmente um impacto maior no crescimento econômico e na expansão do comércio no próximo ano", afirmou Robert Teh, diretor do organismo que é palco das negociações da estagnada Rodada Doha de liberalização do comércio mundial.

As Bolsas mundiais, alvo da preocupação da OMC, tiveram um dia de queda ontem, afetadas pelos resultados de empresas como o Wal-Mart e os temores em relação aos mercados globais de crédito.

A rede varejista Wal-Mart, maior empresa do mundo segundo a "Fortune", teve um lucro de US$ 3,1 bilhões no segundo trimestre deste ano, um aumento de 49% em relação ao mesmo período de 2006. Mas a empresa disse que o resultado anual poderá ser menor que o previsto por analistas. Já o lucro da Home Depot, de materiais de construção, caiu 15% no segundo trimestre, para US$ 1,59 bilhão. Os dois resultados geraram temores de que o consumo americano, maior motor da economia dos EUA, também possa estar em queda.

O balanço do banco suíço UBS, o maior da Europa, também ajudou a derrubar os mercados. O seu lucro avançou 79% no segundo trimestre com venda de ativos, mas ele disse que a turbulência deve piorar seu resultado neste semestre.

Outra má notícia veio do fundo americano Sentinel Management Group -que administra US$ 1,6 bilhão. Ele informou a clientes que queria bloquear resgates para evitar liquidação forçada de papéis, medida negada pelas autoridades.

Mas o dia também teve bons índices dos EUA, que não derem respiro aos mercados. O núcleo da inflação ao produtor ficou em 0,1% em julho. E o déficit comercial ficou em US$ 58,1 bilhões em junho, o menor em quatro meses.

 

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